MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O advogado Artur Barros Osti, que representa a adolescente que atirou e matou Isabele Guimarães Ramos, pediu que Patrícia Hellen Guimarães Ramos, mãe de Isabele Guimarães Ramos, seja removida do polo ativo do processo contra a atiradora. Nesse caso ela deixaria de fazer parte da assistência de acusação. A defesa alega que a mãe tem interesse direto no caso, e que seu depoimento precisa ter compromisso com a verdade e com estratégias contra a responsável pela morte da filha de Patrícia.
O pedido foi feito na terça-feira (15), junto com o habeas corpus para que a atiradora fosse liberada da internação do Complexo Socioeducativo Pomeri. O desembargador Rui Ramos concedeu a liberação da adolescente, na manhã de quarta-feira (16), no entanto, não apreciou o ponto em questão.
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“Requer-se também a imediata inabilitação da família da vítima do polo ativo do presente procedimento, na medida em que, ao contrário do que faculta o Código do Processo Penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente rechaça a possibilidade de intervenção de assistente de acusação, especialmente porque, consoante se extrai da exordial acusatória, a Sra. Patrícia Hellen Guimarães Ramos foi arrolada como testemunha de acusação – ocasião em que precisará prestar seu testemunho de acordo com a verdade dos fatos e não de acordo com a antecipação de estratégias de defesa que ainda serão arguidas”, argumentou o advogado.
Conforme apurou o , a defesa de Patrícia Hellen, feita pelo advogado Hélio Nishiyama, não entrou com nenhum pedido para que haja uma habilitação dela como assistente de acusação. Hélio acredita que possa ser um movimento antecipado de Osti.
“Até pretendo requerer a habilitação da genitora da vítima, mas, por enquanto, não houve pedido formal nesse sentido”, disse Nishiyama.
Caso
As investigações da morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, chegaram ao fim no dia 3 de setembro. A Polícia Civil entregou o inquérito e apontou cinco pessoas como responsáveis, sendo três adultos e dois adolescentes.
Uma atuação conjunta da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), conduzida pelos delegados Wagner Bassi e Francisco Kunzê, concluiu que a morte de Isabele não foi acidente e sim intencional ou no mínimo a adolescente B.O.C. assumiu o risco de matar.
Isabele foi atingida por um disparo no nariz que saiu pela nuca, na noite de 12 de julho, na casa da família Cestari, no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. O disparo foi feito por B.
Além da adolescente, foram indiciados o pai dela, o empresário Marcelo Cestari, a mãe, Gaby Cestari, o namorado e o pai do namorado.
marcia 17/09/2020
"o depoimento precisa ter compromisso com a verdade" ele esta insinuando que ela vai mentir? dizem que não devemos jogar pedra no telhado do vizinho se o nosso é de vidro, ne?
1 comentários