MAYARA MICHELS
O delegado da Polícia Civil, Fausto José Freitas da Silva, que assumiu as investigações que irão apontar as causas da morte da advogada Ludmilla Rodrigues Nardez, de 33 anos, encontrada em um abismo no dia 13 deste mês, na região da Mata Fria, em Chapada dos Guimarães, irá esperar encerrar o Festival de Inverno para, só depois, ouvir a família da advogada e concluir o inquérito.
Segundo Fausto, com o aumento o número de pessoas na cidade, há várias ocorrências de desavenças e flagrantes que precisam ser despachadas com rapidez, com isso, a família de Ludmila só deverá ser intimada para prestar depoimento quando encerrar o Festival de Inverno.
"Estou aguardando pelo laudo da perícia feita no local e no veículo de Ludmilla para ter um rumo nas investigações. Assim que despachar essas ocorrências do dia-a-dia, irei tentar adiantar esse caso para a delegada Eliane”, disse o delegado. A delegada titular do caso, Eliane da Silva Moraes, está de licença médica.
Fausto, que também é adjunto da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá, não ficará na unidade de Chapada todos os dias. Ele irá trabalhar em horário comercial e também dando expediente na delegacia em Cuiabá. No próximo fim de semana, que se encerra o Festival, delegados plantonistas devem dar o expediente durante a madrugada.
A Polícia Civil, após dez dias doi incidente, ainda não ouviu ninguém.. O delegado conta apenas com a pericia técnica feita no local e no veículo, além do exame de necropsia. Porém, os laudos têm previsão para serem concluídos, somente no dia 13 de agosto.
A hipótese defendida pelo delegado João Bosco, que apenas foi no dia da morte, assinar a abertura do inquérito, é de que Ludmila teria perdido o controle da direção, antes de cair de uma altura de 15 metros, em um local conhecido como Portão do Céu. "quem quer se matar joga [o carro] no Portão do Inferno, não aqui", argumentou Bosco no dia em que o corpo foi encontrado. Por outro lado, a polícia também irá investigar a hipótese de suicídio, já que a advogada tinha histórico de depressão e tentativa de suicídio, segundo pessoas próximsa da família.
Ludmilla saiu de casa na noite de quinta-feira (12), dizendo que iria à casa da avó e depois não foi mais vista. Familiares acionaram a Polícia e durante a tarde do dia seguinte, uma sexta-feira 13, foi encontrada morta dentro do carro por um caminhoneiro que parou na ribanceira para uirnar.
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