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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

27 de Junho de 2024, 13h:08 - A | A

POLÍCIA / COM TORNOZELEIRA

Desembargador manda soltar ex-servidor da Câmara que contratava shows para lavar dinheiro do CV

O desembargador observou os argumentos da defesa e concordou que Rodrigo não representa um perigo à ordem pública.

RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT



O desembargador Luiz Fernando Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), concedeu liberdade para Rodrigo de Souza Leal, ex-servidor da Câmara de Vereadores de Cuiabá que foi preso na Operação Ragnatela, deflagrada no dia 05 deste mês. As investigações foram responsáveis por desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro orquestrado pelo Comando Vermelho em casas noturnas da Capital. Rodrigo será monitorado por tornozeleira eletrônica.

Conforme as investigações da Polícia Federal, Rodrigo, que era o responsável pelo cerimonial da Câmara dos Vereadores de Cuiabá e também assessor de parlamentar, fazia o papel de braço fundamental na organização criminosa, sendo o responsável direto da conta bancária do Dallas Bar, além de ser a pessoa que realizava a contratação dos cantores nacionais. O estabelecimento é apontado com um dos que a facção Comando Vermelho comprou para maquiar a lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

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Um áudio interceptado durante as investigações mostra o ex-servidor negociando com uma produtora para realização do show do MC Poze do Rodo, em Cuiabá. Na conversa, ele cita que 20% do lucro do show deveria ser separado e repassado ao CV. Com isso, a polícia entende que as produtoras envolvidas no show possuíam total ciência da participação da facção na promoção do show.

Leia também: Conversa de ex-servidor e produtora revela que CV ficava com 20% do lucro de show nacionais; veja

Na decisão, o desembargador atendeu ao pedido da defesa de Rodrigo Leal, patrocinada pelo advogado Augusto Bouret. Os argumentos apresentados apontam que prisão preventiva determinada é sem fundamentação e sem a presença dos requisitos exigidos legalmente. Além disso, a defesa apontou bons antecedentes, residência fixa e disse que os crimes imputados ao ex-servidor da Câmara não eram violentos.

Leia mais: Entenda como atuava assessor de parlamentar investigado por lavar dinheiro do tráfico para o CV

O desembargador observou os argumentos e concordou que Rodrigo não representa um perigo à ordem pública. O desembargador ainda destacou que, dentro do esquema de lavagem de dinheiro por meio de eventos em casas noturnas, o investigado não exercia papel de chefia. Outro ponto considerado foi o de que não havias evidências de obstrução às investigações e nem houve tentativa de fuga.

Rodrigo terá que usar tornozeleira eletrônica e não poderá se ausentar de Cuiabá sem autorização judicial. Ele também está proibido de manter contato com testemunhas ou outros envolvidos no caso.

 

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Marcelo 27/06/2024

Isto é uma vergonha a policia prende com todos os argumentos de fazer par de facção criminosa e a justiça salta

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1 comentários