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Cuiabá, 01 de Outubro de 2024
01 de Outubro de 2024

01 de Outubro de 2024, 07h:40 - A | A

POLÍCIA / GOVERNO DENUNCIOU

Empresário seria beneficiário de dinheiro movimentado em esquema na Seaf

Apenas em 2024, teriam sido pagos mais de R$ 28 milhões por um contrato feito sem licitação, para fornecer kits agrícolas para agricultores familiares.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



As investigações da Operação Suzerano apontam que o dinheiro movimentado em suposto esquema de corrupção na Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF) teria como destino uma única pessoa.  Também ficou constatado que os valores eram sacados imediatamente após a realização das transferências feitas pela empresa Instituto de Natureza e Turismo – PRONATUR para as empresas que fariam parte do esquema. Apenas em 2024, a Pronatur teria recebido mais de R$ 28 milhões por um contrato, feito sem licitação, para fornecer kits agrícolas para agricultores familiares.

O esquema foi denunciado pelo Governo do Estado e restultou na Operação Suzerano, deflagrada na terça-feira (24) pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor). O ex-secretário de Agricultura Familiar, Luluca Ribeiro, foi um dos alvos por ter distinado os valores, que chegaram à pasta por emendas parlamentares, sem licitação. Ele foi exonerado em julho, quando o governador ficou sabendo da denúncia.

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Conforme a decisão judicial, o presidente da Pronatur, Wilker Weslley Arruda e Silva teria em seu nome quatro veículos de luxo, comprados recentemente, além de dois imóveis com valor estimado em R$ 1 milhão. O que chama a atenção é que, apesar de ser dono de uma outra empresa, GH Borges Serviços e Negócios Imobiliários Ltda, Wilker não tem como justificar a considerável evolução patrimonial, especialmente porque a Pronatur não tem fins lucrativos.

Para atender o contrato com a SEAF, a Pronatur contratou a empresa Tupã Comércio e Representações. De acordo com a investigação policial, o sócio-administrador da empresa, Euzenildo Ferreira da Silva, era na verdade um laranja. De acordo com a Polícia Civil, ele é uma “pessoa humilde”, que trabalha como chapeiro e sequer tem uma casa ou carro em seu nome. Apesar disso, ele ainda aparece como sócio das empresas EPX Comércio e Serviços Ltda e Ribeiro Comércio e Tubarão Empreendimentos. 

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De acordo com os autos do processo, a contratação não previu cursos ou palestrar para orientar os agricultores familiares sobre como usar os equipamentos que estavam sendo comprados, apenas a aquisição do material, pago com verba oriunda de emendas parlamentares.

Também foi verificado que o valor repassado pela empresa Tupã referente aos 16 equipamentos que compõem o kit tinha sobre-preço de mais de R$ 10 milhões em comparação com licitações realizadas anteriormente.

 

RepórterMT

sobre-preço no esquema da SEAF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Por determinação do juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), foram alvo de ordens judiciais:

Busca e apreensão e quebra de sigilo telefônico e eletrônico: Luiz Arthur de Oliveira Ribeiro, Luluca Ribeiro; Leonardo da Silva Ribeiro; Wilker Weslley Arruda Silva; Yhuri Rayan Arruda de Almeida; Alessandro do Nascimento; Tubarão Empreendimentos e Representações LTDA; Euzenildo Ferreira da Silva; Matheus Caique Couto dos Santos; Diego Ribeiro de Souza; Rita de Cássia Nascimento; Instituto de Natureza e Turismo – Pronatur; Tupã Comércio e Representações.

Suspensão do exercício de função pública na SEAF: Leonardo da Silva Ribeiro (efetivo); Rita de Cássia Nascimento (comissionada).

Sequestro de bens: Luiz Arthur de Oliveira Ribeiro, Luluca Ribeiro; Leonardo da Silva Ribeiro; Wilker Weslley Arruda Silva; Yhuri Rayan Arruda de Almeida; Alessandro do Nascimento; Ana Carolina Ormond Sobreira Nascimento; Euzenildo Ferreira da Silva; Matheus Caique Couto dos Santos; Diego Ribeiro de Souza; Rita de Cássia Nascimento; Instituto de Natureza e Turismo – Pronatur; Tupã Comércio e Representações.

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