DO REPÓRTERMT
Empresários e um advogado de Cuiabá acusam o chef de cozinha Fernando Mack, dono do restaurante Brasido, de má-fé e estelionato. As denúncias foram feitas na Polícia Civil e à Justiça.
O grupo alega que investiu na empresa como sócio, entretanto Fernando se nega a passar informações financeiras sobre o restaurante, além de não querer repassar o lucro do empreendimento.
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Na Justiça, o empresário Crispim Iponema relatou que investiu um valor de R$ 250 mil, valor este correspondente na época a 5% das cotas limitadas destinadas aos sócios.
Fernando, então teria colhido a assinatura somente de Crispim, para o suposto contrato. Ele mesmo não chegou a assinar o documento.
Além de Crispim, a ex-esposa dele, a empresária Darci de Souza Iponema Brasil, teria repassado R$ 250 mil para a abertura do restaurante.
Outro sócio é Flávio Henrique dos Santos, que investiu R$ 276 mil. Além de dar queixa na delegacia, ele também representou Fernando criminalmente.
O advogado Pedro Paulo Peixoto da Silva Junior, também um investidor do empreendimento, relatou ao que repassou o valor de R$ 250 mil. Ele destaca ainda que há outros sócios e que juntos teriam investido o total de R$ 2,8 milhões.
Além dessa quantia milionária, Fernando ainda recebeu mais R$ 2,5 milhões do Shopping Estação, local onde fica o restaurante. Esse valor é chamado de Alauce, que é uma taxa que o shopping antecipa para a marca se instalar.
O Brasido foi inaugurado em dezembro de 2022 e segundo Crispim relata na ação, os lucros deveriam ser repassados em janeiro de 2023, “mesmo diante da ausência de um contrato social, sem definição oficial e clara de como deve ser calculado, sem transparência na prestação de contas, sem apresentação de faturamento, sem o sócio de fato, o Autor, ter acesso a contas/extratos bancários, etc.”.
Entretanto, Fernando não teria seguido o combinado. “Houve tentativa de resolução dos fatos junto ao Réu, conforme pode ser constatado em duas notificações enviadas em datas distintas, 09/08/2024 e 09/10/2024, sem haver retorno algum até o momento”, diz trecho da ação.
Outro lado
O chef de cozinha Fernando Mack negou as acusações. Referente ao processo de Crispim, ele disse que o contrato não foi finalizado, pois não chegaram a um acordo sobre as cláusulas.
Fernando diz ainda que o valor recebido por Crispim, a quantia de R$ 250 mil, foi depositado em sua conta Pessoa Física, não em nome do Brasido. "Nada mais foi transferido por CRISPIM, seja a MACK, seja ao BRASIDO. Tanto assim é que o Autor não junta, com sua petição inicial, um único comprovante de transferência do capital que teria investido na suposta sociedade".
"CRISPIM transferiu valores para a pessoa física de MACK, mesmo com a pessoa jurídica BRASIDO RESTAURANTE já estando registrada na JUCEMAT e ativa no mercado."