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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

06 de Junho de 2024, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / CONTRATAVA SHOWS NACIONAIS

Entenda como atuava assessor de parlamentar investigado por lavar dinheiro do tráfico para o CV

O homem foi alvo de um mandado de prisão, mas não há informação se a ordem foi cumprida

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



As investigações da Polícia Federal mostram que o responsável pelo cerimonial da Câmara dos Vereadores de Cuiabá e assessor de parlamentar, Rodrigo de Souza Leal, era um braço fundamental na organização criminosa, sendo o responsável direto da conta bancária do Dallas Bar, além de ser a pessoa que realizava a contratação dos cantores nacionais. O estabelecimento é apontado com um dos que a facção Comando Vermelho comprou para maquiar a lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas. 

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O documento a que o RepórterMT teve acesso mostra que William “Gordão”, um dos donos do Dallas Bar, deu a Rodrigo amplos e irrestritos poderes, podendo movimentar e encerrar contas correntes e poupanças.

Reprodução

Rodrigo Leal Operação PF

Investigações da PF

As investigações também evidenciam que Rodrigo, Jardel Pires e Kamilla Bertoni figuravam como operadores na divisão dos lucros obtidos com a realização dos shows no bar, e em outros eventos organizados pelo bando.

Os eventos organizados por eles eram custeados com o dinheiro da facção Comando Vermelho e por um grupo de promoters chamado G12 Eventos.

Além de ser o responsável pela “contabilidade” desse esquema, Rodrigo era o elo entre a facção e agentes públicos que auxiliavam na realização dos shows.

Rodrigo foi alvo de um mandado de prisão durante a "Operação Ragnatela", deflagrada nessa quarta-feira (05) em ação conjunta da Polícia Federal e demais forças de segurança. 

Ao todo, foram cumpridas 36 ordens de busca e apreensão, oito prisões preventivas, nove ordens de sequestro de bens imóveis e 13 de veículos. Também foram expedidas quatro suspensões de atividades para casas de show e bloqueios de contas bancárias.

Durante as investigações foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. A força-tarefa apurou ainda que um parlamentar municipal atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.

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