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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

22 de Novembro de 2024, 18h:12 - A | A

PODERES / GUERRA COMERCIAL

Nilson Leitão repudia Carrefour por boicote à carne do Brasil: "Atitude hipócrita"

Setor espera reação firme do governo federal no caso, que já é o segundo envolvendo uma empresa francesa.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O ex-deputado federal Nilson Leitão, presidente do Instituto Pensar o Agro, usou as redes sociais para repudiar a decisão do diretor global do Carrefour, Alexandre Bompard, de não comprar mais carne do Brasil e de nenhum dos países que integram o Mercosul.

O anúncio foi feito no último dia 20 sob o argumento de que os produtos da América do Sul não atendem aos padrões estabelecidos pela França. A situação escalou rapidamente e a rede francesa enfrenta uma verdadeira crise de imagem no Brasil, país cuja economia é basicamente sustentada pelo agronegócio.

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“O Carrefour e Atacadão tem quase 900 lojas no Brasil, só no segundo trimestre desse ano obteve um lucro líquido de 330 milhões de reais, mesmo assim, com uma atitude hipócrita faz uma campanha contra o uso dos produtos agropecuários do Brasil. Merece repúdio geral”, escreveu Leitão nesta sexta-feira (22).

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Antes, na quinta-feira (21), o governador Mauro Mendes (União Brasil) já havia pedido que os mato-grossense boicotem o mercado Atacadão, que pertence ao Carrefour. O governador ainda disse que vai usar a Sefaz para garantir que a empresa não tenha “vida fácil” em Mato Grosso e pediu uma resposta firme do governo brasileiro.

Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do Brasil, com 34 milhões de cabeças de gado. O setor enxerga a situação como uma guerra comercial, já que não é a primeira vez que uma empresa francesa toma uma medida desse tipo.

Em outubro, o diretor financeiro da Danone, Juergen Esser, disse que a empresa tinha deixado de importar soja do Brasil.

O contexto dessa discussão é um acordo de livre comércio entre o Brasil e a União Europeia, cujas discussões se arrastam desde 1999. Produtores franceses temem ter prejuízo caso produtos do exterior, especialmente do Brasil, tenham livre circulação no bloco.

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