Medeiros defende Bolsonaro e diz que indiciamento é uma piada: "Lula criando narrativas"

Assessoria

Medeiros não acredita na versão apresentada pela PF que resultou no indiciamento de Bolsonaro por tentativa de golpe.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT

O deputado federal José Medeiros (PL) classificou como “piada” o indiciamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), por participação em um suposto plano para golpe de estado após a divulgação do resultado da eleição de 2022, vencida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal, nessa quinta-feira (21), pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

“Já virou até piada, né? Toda semana, como o Lula disse, ele precisa encaixar uma narrativa para o Bolsonaro não voltar. Ele deixou bem claro, numa entrevista lá nos Estados Unidos, precisa encaixar a narrativa certa e está tentando. Vai que cola, né?”, disse o deputado em conversa com a imprensa.

LEIA MAIS - PF indicia Bolsonaro, Braga Netto e mais 35 por tentativa de golpe

“Esse negócio é um suposto plano que ninguém viu ainda. É mensagem, é um golpe sustentado, não tinha nem dinheiro pra táxi. Era um troço, ora estilingue, ora bola de gude”, acrescentou.

Medeiros disse que, “de concreto”, só há dois casos de morte na política recente do país: a tentativa de assassinato de Bolsonaro em 2018 e a morte de Celso Daniel, em 2002.

“Tem um depoimento no Ministério Público. Não é ouvi dizer, ou peguei, não. O Marcos Valério disse, um dos mandantes do assassinato de Celso Daniel é o Lula e ele mandou 6 milhões, pegou 12 milhões com o Bumlai e 6 milhões era pra pagar o Ronan Maria Pinto pra que ele ficasse de boca fechada. Isso tá nos autos do Ministério Público de São Paulo e ninguém falou nada, parece que é tudo normal, não sei se a vida do Celso Daniel não valia nada, mas o fato é isso”, disse o deputado.

Medeiros também criticou a posição do ministro Alexandre de Moraes, que comanda diversos inquéritos sobre temas distintos, como o negacionismo na pandemia, a suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro e das fake news e usa as informações de um para dar andamento no outro.

“O ministro Alexandre consegue ser um protagonista melhor do que Marlon Brando, Sylvester Stallone, Chuck Norris, porque ele é policial, ele é o promotor, ele é a vítima, ele é o juiz. Então assim, é tudo fora do lugar, e isso é uma pena”, concluiu.