DA REDAÇAO
A Polícia Judiciária Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira (26) a operação “Castelo de Areia”, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos está o ex-vereador de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima. No entanto, o ex-vereador está preso no Hospital Santa Rosa porque teve que passar um um pequeno procedimento cirúrgico ao ser surpreendido pela Polícia. A previsão é que assim que receba alta médica ele seja encaminhado para o CCC.
Agentes prisionais acompanham João Emanuel, que está sob custódia do Estado. Até mesmo as visitas estão proibidas.
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Conforme a Polícia, a organização criminosa, que age em todo o estado aplicando várias formas de golpes, deixou prejuízos que ultrapassam R$ 50 milhões para pelo menos sete vítimas.
A investigação, comandada pela Delegacia Regional de Cuiabá em conjunto com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), apura crimes de estelionato praticados pela organização criminosa, que age em todo o estado de Mato Grosso aplicando varias formas de golpes, deixando prejuízos que ultrapassam R$ 50 milhões para pelo menos sete vítimas identificadas até o momento.
João Emanuel, teria utilizado um falso chinês para ludibriar um empresário em um suposto investimento de parceria com a China. O golpe foi de R$ 50 milhões.
Em um dos golpes, uma vítima afirma que o vice-presidente da empresa Soy Group, o advogado João Emanuel, teria utilizado um falso chinês para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões.
As ordens de prisão e buscas são da Vara do Crime Organizado e cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães. Um dos locais de buscas é o prédio do Soy Group, localizado na Avenida Rubens de Mendonça (CPA), ao lado da loja Havan e fundos do supermercado Comper.
Os detalhes da operação serão apresentados às 10 horas, durante entrevista no auditório da Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil, na Avenida Coronel Escolástico, em Cuiabá, pelos delegados Anaídes Barros, Flávio Stringueta, Diogo Santana Souza e Luiz Henrique Damasceno.
O APRENDIZ
Esta é a segunda prisão do ex-vereador que teve o mandato cassado por conta das denúncias de corrução. Ele já responde à uma ação penal, que está em trâmite na Vara Especializada do Crime Organizado, o Gaeco, a qual apurou desvios na ordem de R$ 1.542.075,76, ocorridos na gestão dele enquanto presidente da Câmara Municipal.
Um vídeo gravado por uma testemunha flagrou João Emanuel tentando cooptar mais participantes para o esquema, que fraudava licitações na Câmara de Vereadores.
O esquema era feito por meio da simulação de entrega de materiais e de prestação de serviços gráficos realizados pela empresa Propel Comércio de Materiais Ltda ME, de propriedade do ex-deputado Maksuês Leite, que se tornou um dos delatores do esquema de desvio de dinheiro.
VEJA A LISTA DOS ACUSADOS
Shirlei Aparecida Matsuoka
Walter Dias Magalhães Júnior (marido de Shirlei)
João Emanuel Moreira Lima
Evandro Goulart
Marcelo de Melo Costa (ex-candidato a deputado federal)
Lázaro Moreira Lima (irmão de João Emanuel foi alvo de condução coercitiva)