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Cuiabá, 20 de Setembro de 2024
20 de Setembro de 2024

15 de Janeiro de 2024, 15h:32 - A | A

POLÍCIA / SUPOSTO FINANCIADOR

Executor e intermediário delataram participação de coronel do Exército na morte de Zampieri

Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, que atuou na Subsecretaria de Integração de Segurança Pública de Minas Gerais, foi preso na manhã desta segunda-feira (15).

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



O delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em entrevista ao RepórterMT, nesta segunda-feira (15), que a investigação chegou ao coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como financiador da morte do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá, após ele ter sido delatado por outros dois envolvidos no crime.

O coronel teve o mandado de prisão temporária cumprido na manhã desta segunda-feira, em Belo Horizonte (MG). Além dele, outras três pessoas já estão presas por envolvimento no crime. Entre elas, a mandante, empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo.

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De acordo com o delegado, a localização do militar aconteceu após o executor, Antônio Gomes da Silva, e o intermediário, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, terem deletado o envolvimento do militar em seus depoimentos.

Etevaldo Luiz teria pago a quantia de R$ 20 mil para que Antonio cometesse o crime. O combinado era que repassasse mais R$ 20 mil para Antonio depois, o que não chegou a acontecer.

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"Os dois executores entregaram ele (coronel). O coronel entregou R$ 20 mil e entregaria mais R$ 20 mil após o homicídio", explicou delegado.

Além do mandado de prisão, pesava contra o militar da reserva mandados de busca e apreensão. Entretanto, nenhuma arma ou dinheiro foram encontrados.

"Somente documentos e celulares foram apreendidos", explicou.

Ainda não foi divulgado o tipo de ligação de Etevaldo com a mandante do crime, Maria Angélica, ou que interesse ele poderia ter na morte de Zampieri. Em depoimento, o coronel ficou em silêncio. Novas diligências, como perícia nos celulares do militar, serão feitas para esclarecer seu envolvimento.

O assassinato

Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro, quando deixava seu escritório. O assassino ficou de tocaia esperando a vítima sair e o atacou no carro, uma Fiat Toro, com pelo menos 10 tiros.

A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, mandante da execução, tinha planos de fugir do Brasil o mais rápido possível, quando foi presa em Minas Gerais.

Já o executor e o intermediário, que contratou o assassino a mando da empresária, se encontraram uma única vez, em um hotel de Cuiabá, onde ambos estavam hospedados. Eles também viviam no estado mineiro e vieram a Cuiabá cometer o homicídio.

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