CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Após três anos e nove meses do vereador de Sorriso (399 Km de Cuiabá), Elias Maciel, ser morto com 15 facadas, no dia 21 de dezembro de 2012, em frente ao portão de sua casa pelo próprio companheiro, o assassino, Walas Negrete Santos, 26, que estava fugindo da prisão durante todo esse tempo, foi encontrado pela Polícia Civil neste sábado (24), no município vizinho de Itaúba (185 Km de Sorriso).
O cumprimento da prisão preventiva, decretado em 2014, decorreu do trabalho conjunto entre as Delegacias da Polícia Civil de Sorriso e Itaúba. Conforme o delegado Pablo Borges Rigo, o paradeiro de Walas era investigado pelo setor de Homicídios desde o crime. Durante esse período, os policiais nunca deixaram de procurar o acusado. “Recebemos uma informação e imediatamente fomos atrás com a equipe de investigadores da PJC de Sorriso em conjunto com investigadores de Itaúba”, disse.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
"Fiquei bêbado, nós discutimos, não vou falar o motivo, passei a mão na faca e esfaqueei o coitado", relatou Walas.
Nas investigações, a Polícia Civil apurou que o crime teve motivações passionais. O corpo do vereador foi encontrado no portão de sua residência, na rua Santa Carmem, no bairro Taiamã, com 15 golpes de faca nas costas e no pescoço. A vítima ainda teria tentado pedir socorro, mas não resistiu e morreu em frente à sua casa.
O assassino foi rapidamente identificado na época. Após matar o vereador, Walas fugiu deixando um documento pessoal no local. Testemunhas também relataram no inquérito policial que o teriam visto correndo da casa da vítima. Ambos teriam um relacionamento amoroso, já que o vereador era homossexual assumido.
O preso foi interrogado na Delegacia de Sorriso e depois encaminhado à unidade prisional da região.
Na delegacia, Walas confessou o crime e relatou, ao site Só Notícias, como tudo ocorreu. "Fiquei bêbado, nós discutimos, não vou falar o motivo, passei a mão na faca e esfaqueei o coitado. Me arrependo disso e quero pedir desculpas para os familiares. O que fiz é uma barbaridade", disse. Ele também declarou que não se recorda qual foi o motivo da discussão. "Nunca fui agressivo e não tive problemas com a polícia", acrescentou.
Walas também confirmou que teve relacionamento com o vereador, "mas foi pouco tempo". Ele garantiu que não houve mandante do crime. "Fui eu que fiz. Estava sozinho. Nós discutimos, eu tava bêbado, eu peguei a faca em cima do balcãozinho e comecei a esfaquear", relatou.
Divulgação

Walas foi facilmente identificado como autor do crime, por ter deixado um documento pessoal caído no local e ainda possuir uma tatuagem com seu nome.