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Cuiabá, 25 de Março de 2025
25 de Março de 2025

23 de Março de 2025, 10h:00 - A | A

POLÍCIA / POPULAÇÃO REFÉM

Gaeco: Assistencialismo de facção copia Pablo Escobar e a máfia italiana

Operações deflagradas na última semana revelaram esquema de extorsão contra comerciantes de água em Capital, Várzea Grande, Nobres e Sinop

APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT



O delegado Hércules Batista Gonçalves, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), destacou que a facção criminosa alvo da Operação Acqua Ilícita, que revelou um esquema de extorsão contra comerciantes de água em Capital, Várzea Grande, Nobres e Sinop, imita as técnicas de assistencialismo tanto da máfia italiana quanto do traficante colombiano Pablo Escobar para conseguir o apoio dos moradores dos bairros mais pobres.

Entre as ações promovidas pelos bandidos está a distribuição de cestas básicas para moradores. Em Cuiabá, a Polícia Civil já chegou a investigar, em outras operações, um clube de futebol amador, que tinha uma escolinha de futebol para crianças de comunidades mais carentes.

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“Isso aí vem de longa data. Na Colômbia, Pablo Escobar fez isso aí. A máfia italiana, que foi pros Estados Unidos fazia isso. E isso não é diferente em Cuiabá. Infelizmente, esse assistencialismo ele realmente prejudica a cidade, porque coopta várias pessoas para proteção do crime organizado, para que fique do lado daquelas facções. Infelizmente isso vem acontecendo, sim”, afirmou o delegado.

O chefe do Gaeco, promotor Adriano Roberto Alves, disse que em Cuiabá pode acontecer o mesmo que já vem acontecendo em outras cidades brasileiras, em que as periferias ficam sob o comando de grupos criminosos e serviços básicos, a exemplo da internet, passam a ser controlados pelos bandidos.

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“Essa população tem uma falsa percepção dessa situação. Por exemplo a água, ela iria pagar dois reais a mais por galão. Pode ser que amanhã tenha que pagar a internet, teve estado que a fornecedora de internet fechou devido às facções estarem tentando dominar e teve região que ficou sem internet e teve região que teve que pagar o dobro de internet”, disse o promotor.

Conforme a investigação, além de terem que comprar a água mineral distribuída pelos criminosos, a facção cobrava a taxa de um real por cada unidade vendida, o que resultou em um lucro para o crime estimado em mais de R$ 1,5 milhão.

Veja vídeo: 

 

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