DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
O número de homicídios envolvendo facções criminosas têm crescido na cidade de Cáceres (225 km de Cuiabá). A última morte registrada aconteceu na última terça-feira (14), quando um jovem foi morto a tiros na frente de um estabelecimento comercial no bairro Vila Mariana.
De acordo com dados da Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp), 22 pessoas foram assassinadas nos primeiros meses do ano. O número é quase quatro vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2021, que foram cinco.
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Em janeiro e fevereiro, oito pessoas foram mortas. Somente em março as execuções subiram para nove. Em abriu o número reduziu para dois e maio ficou em três mortes.
Na terça-feira, Wellington Thiago Cunha, de 22 anos, foi morto a tiros e o amigo dele foi baleado por uma dupla de motoqueiros em plena luz do dia.
Outro caso que chamou a atenção no Estado, foi a tentativa de homicídio contra a jovem Monique Araújo Neres, de 18 anos, conhecida como “Mandraka”, que aconteceu no dia 07 dentro de uma pizzaria.
Atualmente, ela está internada no Hospital Regional da cidade. Ela foi atingida por seis disparos, sendo um deles no rosto.
Ainda conforme a Sesp, 32 crimes de tentativa de homicídio foram registrados em Cáceres este ano. Vale ressaltar, que o município faz divisa com a Bolívia e os traficantes usam a cidade como rota para distribuição das drogas para todo país.
A facção criminosa que predomina em Mato Grosso é o Comando Vermelho, mas existe a presença de uma rival, a chamada Primeiro Comando da Capital. As duas são responsáveis por várias mortes no Estado por conta da disputa de território.
Para o secretário de Segurança, Alexandre Bustamante, a dificuldade de combater os crimes nas regiões de fronteira está relacionado com o envolvimento das vítimas com as facções criminosas.
“O problema das regiões de fronteira, que na maioria das vezes essas vítimas estão ligadas a facções criminosas, não tem a proteção da Segurança Pública pelo visto que eles não se aproximaram de nós. Por questões criminais, eles querem a polícia longe deles. Então fica muito difícil para que a gente faça”, explicou.
“Mas em contrapartida temos feito bastante apreensões de armas e investigado especialmente os autores desses crimes, que tem sido constantemente apreendido nas operações da Polícia Judiciária Civil”, completou secretário.
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