DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O empresário Carlinhos Bezerra que é réu pelo assassinato da ex-namorada, a servidora Thays Machado e do atual namorado dela, Willian Cesar Moreno, solicitou ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) um novo pedido de prisão domiciliar, após a realização de uma cirurgia de catarata marcada para o próximo dia 19.
O duplo assassinato aconteceu em janeiro de 2023 em frente ao Edifício Solar Monet, no Bairro Consil. O casal saía do prédio quando foi surpreendido por Carlinhos que, de dentro de seu veículo, sacou uma arma de fogo e atirou nas vítimas. Os dois não tiveram chance de serem socorridos.
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O filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra está preso na Penitenciária Anhanguera Lemes Dantas. Em sua manifestação, o MP pediu à Justiça que ele seja mantido na cadeia.
Em outubro, a Justiça de Mato Grosso autorizou o deslocamento de Carlinhos para fora do presídio para realização de exames pré-operatórios, bem como o procedimento de cirurgia oftalmológica, “mediante escolta policial, devendo retornar na mesma unidade prisional logo que finalizado”.
Entretanto, a defesa do criminoso alega que, “como parte essencial do processo de recuperação pós-cirúrgica, o paciente necessita de um ambiente higienizado, controlado e com baixo risco de contaminação para evitar infecções e outras complicações”.
Com o argumento, solicitou prisão domiciliar após o procedimento. O promotor de Justiça Jaime Romaquelli, contudo, se posicionou contra o requerimento.
Ele lembrou que o réu já teve um benefício de prisão domiciliar revogado anteriormente por descumprir restrições.
“Se o réu, após a cirurgia de cataratas necessita estar “permanecer por um período mínimo de 30 dias em um ambiente limpo, controlado e com baixo risco de contaminação para evitar infecções e outras complicações pós operatórias (fl. 382)”, BASTARÁ QUE A DIREÇÃO DO PRESÍDIO ONDE SE ENCONTRA O MANTENHA POR 30 DIAS EM UMA SALA COM ESSAS CARACTERÍSTICAS, longe do contato com terceiras pessoas. Nada impede que o próprio preso promova a limpeza da sala onde irá permanecer, garantindo a limpeza e higiene exigidas", diz o promotor.
"Como segunda opção, poderá ser promovida a transferência do requerente para outro presídio com maior estrutura, como a PCE (Cuiabá), a Mata Grande (Rondonópolis) o Ferrugem (em Sinop)", acrescentou.