MARCIO CAMILO
DA REPORTAGEM
José Bonifácio Nascimento de Barros, 34 anos, dado como morto durante confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Brasnorte, na quarta-feira (08), compareceu ao Fórum de Cuiabá, nesta quinta-feira (09), para esclarecer que está vivo e que não teve envolvimento no roubo à agência do Banco do Brasil.
O nome dele foi divulgado por engano pela Polícia Militar, como se ele fosse um dos criminosos que participou da tentativa de assalto ao banco em Brasnorte, na madrugada da última segunda-feira (06), e que depois foi morto durante uma ação policial envolvendo o Bope.
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Bonifácio cumpre pena em regime aberto. Ele viu as notícias na imprensa e decidiu ir ao Fórum prestar esclarecimento ao juiz Geraldo Fidelis, da Vara de Execuções Penais, em Cuiabá.
Ele reiterou que não teve participação no assalto e que atualmente reside em Cuiabá e trabalha em um negócio da família.
O juiz Fidelis acolheu as justificativas de Bonifácio, concluindo que de fato ele estava vivo. O magistrado também oficiou a Polícia Militar em Brasnorte e Juara, para que as autoridades expliquem como o nome de Bonifácio foi relacionado aos criminosos que participaram do roubo.
“Assim é necessário o episódio, até para saber a identidade da pessoa que foi levada a óbito. Desse modo acolho o pedido da defesa para oficiar as autoridades policiais Civil e Militar da Comarca de Brasnorte”, determinou a magistrado.
O advogado Marcelo Felício, explicou que Bonifácio foi condenado em duas ações penais, por assalto e envolvimento com o crime organizado.
RepórterMT/Divulgação
Bonifácio compareceu ao Fórum de Cuiabá para esclarecer que está vivo.
Ele detalhou que seu cliente foi condenado pelos crimes em 2005, e que a partir de 2010 começou a cumprir a pena em regime semiaberto.
Segundo o advogado, desde 2017 ele comparece todo o mês nas audiências do Fórum de Cuiabá para comprovar que possui residência fixa e que está trabalhando.
Ação em Brasnorte
As polícias Civil e Militar de Brasnorte informaram que Bonifácio foi morto, juntamente com Roney Matos de Oliveira, 22 anos, durante confronto com policiais do Bope, na tarde de quarta-feira (08).
Segundo as autoridades, os dois seriam integrantes de um bando que roubou a agência do Banco do Brasil de Brasnorte.
Polícia Militar
A Polícia Militar, por meio da assessoria de imprensa, informou que Kelton Richer da Silva Freitas, 28, e Cleyton Lins, 29, são as verdadeiras identidades dos dois mortos em confronto com o Bope em Brasnorte.
Segundo a PM, os nomes divulgados anteriormente surgiram a partir de documentos encontrados com os corpos. "Inclusive há um terceiro nome, constando em carteira de identificado, que a PM não chegou a divulgar".
A PM detalha que Kelton e Cleyton são apontados como os dois homens que horas antes do confronto invadiram uma fazenda próxima de Juara, "onde renderam uma família de três pessoas, casal e uma filha adolescente, e roubaram uma caminhonete, celulares, comida, roupas e cobertores".
"Logo depois, quando a caminhonete ficou sem combustível, tentaram roubar uma motocicleta para prosseguirem na fuga. A partir dessas informações coorreu o confronto com os policiais do Bope que estavam na região reforçando as buscas aos assaltantes".
Na segunda-feira, mesmo dia do roubo ao banco, policiais militares prenderam seis envolvidos: Janderson Jales da Silva, 23 anos, Eriely Cristina dos Santos Assis, 24, Weberton Bruno Mendes Soares, 31, Thiago da Silva Pacheco, 19, Alexandre Martins Oliveira, 23, e Pedro Rodrigues de Oliveira, também de 23 anos.
Com eles, foram apreendidos mais de R$ 14 mil reais e 50 cheques, um deles no valor de R$ 30 mil, armas e munições.
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