RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT
Edino de Abadia Borges será julgado pelo assassinato de Valter Fernando da Silva no próximo dia 02 de maio, em uma sessão do Tribunal do Júri de Jaciara, a 144 km de Cuiabá.
O julgamento foi agendado pelo juiz da 3ª Vara Ednei Ferreira dos Santos. Abadia matou Valter a tiros no dia 19 de março de 2023, em um bar no Distrito da Celma, após discussão com a vítima.
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Segundo testemunhas, a briga foi motivada por divergência política, já que a Valter defendia o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e o autor do crime é apoiador do atual presidente, Lula (PT).
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Ferreira dos Santos ainda deu prazo para que as partes do processo apresentem o rol de testemunhas, e, caso queiram, façam pedido para juntar documentos ao processo ou mesmo a realização de diligências.
"Determino que os autos sejam remetidos às partes para, no prazo de cinco dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de cinco, bem como, querendo, juntar documentos e requerer diligência", assina o magistrado na decisão.
Após matar Valter, Edino fugiu do local e abandonou o carro dele às margens de uma rodovia que dá acesso à cidade. Dois homens chegaram a ser presos pela Polícia Militar, que realizava buscas para encontrar o autor do crimes. Eles confessaram que iriam ajudar Edino na fuga.
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Edino só se entregou à Polícia dois dias depois do crime. Apesar da motivação ter se dado por divergências políticas, o caso não é tratado como um crime político.
“O crime político é um crime contra o Estado, contra os poderes constituídos. O que temos aqui é um homicídio por motivação política. É um crime comum, qualificado pelo motivo fútil” explicou o delegado José Ramon à época.