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Cuiabá, 17 de Setembro de 2024
17 de Setembro de 2024

24 de Julho de 2024, 10h:29 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO RAGNATELA

Juiz recebe denúncia contra ex-servidor da Câmara de Cuiabá e mais 13 acusados por lavagem de dinheiro em casas noturnas

Além disso, o magistrado manteve as prisões de Joadir Alves Gonçalves, Joanilson de Lima Oliveira, Joao Lennon Arruda de Souza, Willian Aparecido da Costa Pereira e Elzyo Jardel Xavier Pires.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, aceitou denúncia do Ministério Público contra os alvos da operação Ragnatela, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção em casas noturnas da Capital.

Com a decisão, passam a ser réus: Ana Cristina Brauna Freitas, Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares, Clawilson Almeida Lacava, Elzyo Jardel Xavier Pires, Joanilson de Lima Oliveira, Joadir Alves Gonçalves, João Lennon Arruda de Souza, Kamilla Beretta Bertoni, Lauriano Silva Gomes da Cruz, Matheus Araújo Barbosa, Rafael Piaia Pael, Rodrigo de Souza Leal, Willian Aparecido da Costa Pereira e Wilson Carlos da Costa.

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Na decisão, o magistrado destacou que as provas mencionadas na denúncia são suficientes para o desencadeamento da ação penal “tendo em mente que nesta fase processual o juízo é de prelibação” e, neste caso, em caso de dúvida, deve-se decidir em favor da sociedade.

“(...) Recebo a denúncia oferecida em face dos réus supracitados, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”, diz trecho da decisão.

Na mesma decisão, manteve presos os réus Joadir, Joanilson, João Lennon, Willian e Ezyo, por entender que “não há fundamentação jurídica plausível para que se determine a revogação da prisão preventiva”.

Ao todo, a operação Ragnatela deu cumprimento a oito ordens de prisões preventivas, 36 buscas e apreensões, nove sequestros de bens imóveis e 13 de veículos; e ainda duas ordens de afastamento de cargos públicos (policial penal e fiscal da prefeitura), quatro suspensões de atividades (casa de shows) e bloqueios de contas bancárias.

Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária.

A investigação revelou que a facção comprou o Dallas Bar, em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie com dinheiro oriundo de práticas criminosas. No espaço eram realizados shows de artistas nacionais custeados pela facção.

Artistas de estados onde facções rivais tinham predominância eram vetados e, quando contratados, eram hostilizados pelos faccionados, como ocorreu na apresentação do cantor MC Daniel em dezembro de 2023.

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