JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O juiz da Segunda Vara Criminal de Cuiabá (Execuções Penais), Geraldo Fidelis, disse que vai procurar o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, para propor a ideia de instalar uma base da Polícia Militar específica para coibir possíveis tentativas de fuga na Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.
A ideia é que a nova companhia seja instalada próxima a unidade prisional, que ‘abriga’ os principais líderes das duas facções criminosas mais perigosas do país, Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).
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Recentemente, a Polícia Civil deflagrou a Operação ‘Grená’ que desarticulou as ações do CV no Estado. Os policiais prenderam integrantes e chefes da quadrilha, além de transferirem as principais ‘cabeça’ da facção para um presídio de segurança máxima no nordeste.
Fidélis comentou que já teve uma conversa informal com Bustamante. “Ainda vou marcar uma reunião formal com ele (Bustamante) para discutirmos a possiblidade de criar essa nova companhia. Já que não podemos deixar esses criminosos agirem livremente, deixando a população de bem acuada, tendo que ficar trancadas dentro de suas próprias casas”, destacou.
Para Fidelis, os policiais da companhia iriam inibir novos planos de fuga, já que os policiais militares seriam amparados com equipamentos necessários para responder a ‘altura’ qualquer tipo de ataque do crime organizado.
Somente neste ano, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) registrou mais de cinco tentativas de fuga na PCE. Em uma delas, criminosos estacionaram ao lado do mudo da unidade prisional e tentaram explodir uma quantidade de explosivo, no entanto, agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE), flagram a ação e chegaram de trocar tiros com os criminosos.
Já em agosto de 2012, 30 detentos conseguiram fugir da penitenciária após criminosos explodirem um dos muros. O impacto da explosão abriu um buraco de aproximadamente 2.5 metros de diâmetro e mais 1.5 metros de comprimento, além de comprometer a estrutura de várias casas ao entorno do PCE.
Após essa tentativa, o magistrado determinou a interdição de uma rua paralela a unidade prisional como prevenção. “Embora eu saiba do transtorno que o fechamento trás aos moradores a interdição dá mais segurança à todos esses cidadãos da região’’, afirmou.
