RAFAEL COSTA
DO REPÓRTERMT
Na decisão de segunda-feira (14), que determinou a prisão preventiva do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, a juíza da 6ª Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro, negou pedido da defesa para interná-lo em uma unidade psiquiátrica. A magistrada destacou que, em outro processo criminal, foi atestado por laudo médico no dia 30 de junho que o assassino da advogada Cristiane Castrillon é plenamente consciente dos seus atos.
Durante a prisão em flagrante, na manhã de segunda-feira , Almir alegou ser esquizofrênico.
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"No que tange ao pedido de internação formulado pela defesa, entendo necessário destacar que além da gravidade do delito e as narrativas do boletim de ocorrências, consta dos autos atestado médico, no qual se observa que recentemente em data de 30/06/2023 foi atestada a aptidão física e mental do autuado para realização de suas atividades laborais, razão pela qual entendo pelo indeferimento do pedido", disse a juíza na decisão.
Na audiência de custódia, a magistrada converteu a prisão em flagrante em preventiva após entender que existem elementos suficientes de autoria e materialidade do homicídio a partir das investigações preliminares da Polícia Civil, conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Pelo Código Penal são inimputáveis aqueles que por doença mental não entendem como ilícito cometer algum crime. Também é prevista a redução de pena de um a dois terços se o crime é cometido em razão de perturbação de saúde mental ou desenvolvimento mental incompleto.
Assassinato de Cristiane Castrillon
Almir matou a advogada Cristiane Castrillon, na madrugada de domingo (13) na casa dele, e abandonou o corpo dentro do veículo dela, no Parque das Águas, na região do Centro Político e Administrativo, em Cuiabá.
Conforme a investigação, a vítima havia conhecido Almir horas antes de ser assassinada. Os dois se conheceram em um bar e de lá foram para a casa dele, no bairro Santa Amália, em Cuiabá, onde ela foi assassinada.
De acordo com a Polícia Civil, a advogada foi morta por espancamento e asfixia. A perícia também apontou que houve violência sexual.
O assassino tentou apagar as provas do crime, entretanto com o uso de luminol, a polícia conseguiu rastrear o sangue da vítima na cama e nos móveis da casa dele.