KARINE ARRUDA
DO REPÓRTEMT
A juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão de Murilo Henrique Araújo de Souza e Richard Estaques Aguiar Silva Conceição, acusados de matarem o assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento Costa, de 36 anos, que atuava no gabinete do deputado estadual Wilson Santos (PSD), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Além de manter a prisão dos criminosos, a magistrada também marcou o julgamento deles para às 9h do dia 1º de abril deste ano.
Na decisão, dada no último dia 24, a juíza deferiu a oitiva das testemunhas e, como não houve irregularidades ou diligências a serem realizadas, ela decidiu agendar o julgamento da dupla, juntando ao documento a manutenção da prisão dos acusados.
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“Assim, defiro a oitiva das testemunhas e inexistindo diligências a serem realizadas e irregularidades a serem sanadas, DOU COMO PREPARADO o presente processo para que os pronunciados sejam submetidos a julgamento, cuja sessão designo para o dia 01 de ABRIL de 2025, às 09h, no Plenário do Tribunal do Júri desta Capital”, diz trecho do documento.
Os assassinos foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e furto. O último porque, logo após o assasinato, os criminosos teriam roubado alguns pertences da vítima, como um Chevrolet Tracker, uma televisão 70 polegadas, um notebook, um celular e um cartão de crédito.
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Crime
Wanderley foi assassinado no dia 16 de fevereiro de 2023 quando saiu de casa, no bairro João Del Rey, em Cuiabá, sem dizer para onde iria e não foi mais visto. No dia do crime, ele foi asfixiado por Murilo e Richard, que usaram uma toalha banhada a álcool e o mataram. Em seguida, o corpo foi desovado na região do Cinturão Verde, próximo ao bairro Pedra 90, em Cuiabá.
Após o crime, a dupla tentou fugir, mas foi localizada pela polícia. Murilo foi pego em Nova Terra do Norte (a 630 km de Cuiabá) e Richard em Nova Mutum (a 242 km de Cuiabá). Ambos confessaram participação no assassinato.
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Mato Grosso, o assassinato de Wanderley foi motivado por vingança dos autores por conta de abusos sexuais em menores, cometidos pelo vítima.