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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

16 de Agosto de 2024, 16h:43 - A | A

POLÍCIA / PRESO NA "RAGNATELA"

Justiça mantém prisão de ex-servidor de vereador acusado de lavar dinheiro de facção

Ele é acusado de integrar um bando que lavava dinheiro do tráfico de drogas com a realização de show em bares e casas noturnas

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, em decisão proferida nessa quinta-feira (15), manteve a prisão do ex-assessor parlamentar Elzyo Jardel Xavier Pires. Ele foi preso na “Operação Ragnatela” e denunciado pelo Ministério Público por integrar uma organização criminosa que lavou mais de R$ 50 milhões para uma facção, com a realização de show nacionais em casas nortunas de Cuiabá.

Além disso, o ex-servidor é acusado de facilitar a liberação de alvarás para os bares e boates supostamente pertencentes a membros da facção.

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Na decisão, o magistrado argumentou que a defesa do acusado não trouxe fatos novos ao processo e, desta forma, entendeu que a manutenção da prisão de Elzyo é o melhor caminho.

“Diante disso, não trazendo a defesa novos elementos capazes de ensejar a alteração da situação fático processual do réu – mormente porque, apesar de alegar que os indícios existentes são frágeis, estes foram analisados e elencados na decisão anterior – assim como deixando de fundamentar a alegada identidade processual. Mantenho a prisão preventiva de ELZYO JARDEL pelos mesmos fundamentos expostos”, diz trecho da decisão.

Na operação que prendeu o ex-assessor, foram cumpridas 36 ordens de busca e apreensão, oito prisões preventivas, nove ordens de sequestro de bens imóveis e 13 de veículos. Também foram expedidas quatro suspensões de atividades para casas de show e bloqueios de contas bancárias.

Durante as investigações, foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária.

A força-tarefa apurou ainda que um parlamentar municipal atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.

A investigação concluiu que todo dinheiro lavado com a realização dos shows é oriundo da venda de drogas.

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