JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
Laudo de necropsia realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), confirmou que o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, foi atingido por três disparos pelas costas. A informação é da jornalista Silvana Ribas, do jornal A Gazeta. Miyagawa foi morto pelo vereador Tenente Coronel Marcos Paccola (Republicanos), no dia 1º de julho.
Conforme a reportagem, o documento foi enviado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na quarta-feira (13). A Politec informou que ainda não há previsão para entrega do laudo de balística das armas da vítima e do vereador.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
A delegacia agora espera o laudo de extração dos dados dos dois aparelhos celulares de Paccola, que foram apreendidos na quarta-feira (13). Após a análise do material ser realizada, o inquérito policial deve ser concluído.
Leia mais
Delegado: Trabalho da DHPP é técnico, não nos levamos por ‘paixões’
Paccola se diz vítima de trituração política: "Estão tentando transformar Alexandre em santo"
A expectativa é que o inquérito seja finalizado já na próxima semana e encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPMT).
O caso
Miyagawa foi morto pelo vereador Paccola na noite último dia 1º de julho, no bairro Quilombo, em Cuiabá.
O vereador se apresentou na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), logo após o ocorrido, e prestou depoimento. Ele alegou que matou o Alexandre em legítima defesa, por acreditar que ele iria atirar contra sua namorada.
A investigação é comandada pelo delegado Hércules Batista Gonçalves. No dia 7 de junho, ele afirmou que o trabalho está sendo realizado de forma técnica e "sem paixões".
"O trabalho da DHPP está sendo desenvolvido de forma técnica, sem adentrar em paixões, sem adentrar em outras visões. Cada instituição faz o seu papel. À DHPP, incumbe a ela definir autoria e materialidade de um homicídio. O que ocorreu lá foi um homicídio e é sobre esse homicídio que o trabalho da DHPP está se desenvolvendo", declarou.
A DHPP tem um prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30, para concluir as investigações acerca do homicídio de Alexandre. Entretanto, o delegado afirmou que a expectativa é que todos os trabalhados sejam concluindo antes desse prazo.