DA REDAÇÃO
Laudo final, produzido pela perícia, aponta que “tatuagem” (marca de resíduos de pólvora) no rosto de Isabele Guimarães Ramos sustenta a versão do disparo à curta distância. O documento aponta que havia resíduos até no olho da vítima.
Isabele morreu instantaneamente, no dia 12 de julho, após ser atingida no rosto, por um tiro dado por sua amiga B.O.C., no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
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“A distância do disparo foi determinada a partir do diâmetro da zona de tatuagem produzida na face do cadáver. De acordo com o exame de balística, no momento do tiro a boca do cano da arma de fogo questionada AFQ1 distava da vítima em cerca de vinte centímetros (20 cm) a trinta centímetros (30 cm)”, descreve trecho do laudo.
A perícia ainda aponta que a “zona de tatuagem” tinha formato circular de 10,5 cm, partindo do ponto de lesão de entrada do disparo.
O caso
Uma atuação conjunta da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), conduzida pelos delegados Wagner Bassi e Francisco Kunzê, concluiu que a morte de Isabele não foi acidente e sim intencional ou no mínimo a adolescente B.O.C. assumiu o risco de matar.
Além da adolescente, foram indiciados o pai dela, o empresário Marcelo Cestari, a mãe, Gaby Cestari, o namorado e o pai do namorado.
Na primeira audiência do caso, a chamada audiência de apresentação, a adolescente se manteve em silêncio. A audiência foi realizada por videoconferência, no dia 23 de setembro deste ano.
A última informação divulgada foi de que a audiência de continuação, feita por videoconferência, foi suspensa, após oito horas de depoimentos, por conta de uma tentativa da defesa de inserir novos documentos, no dia 20 de outubro. A juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude, suspendeu a oitiva para não prejudicar o processo e após analisar os documentos, ela marcará uma nova data.