DA REDAÇÃO
Mãe de Isabele Guimarães, que morreu com um disparo que entrou pelo nariz e saiu na nuca, afirmou em depoimento à Polícia Civil que ao chegar à casa do empresário Marcelo Cestari viu que ele fazia massagem cardíaca em sua filha. Relatou que o empresário pediu para que ela visse o pulso de Isabele, que se abaixou, virou a cabeça da filha, e viu que havia parte do cérebro exposta, percebendo que a adolescente estava morta.
“Que chegando na casa, mostraram onde estava o corpo de Isabele, isto é, no banheiro do quarto de B.; Que a declarante entrou no banheiro e viu Marcelo Cestari, genitor de B., fazendo massagem cardíaca em Isabele; que a declarante acha que o corpo da filha estava fora do box; que perguntou a Marcelo se sua filha tinha pulso; que Marcelo disse não saber e pediu para a declarante olhar o pulso; que a declarante se abaixou, virou a cabeça da vítima e percebeu que havia parte do cérebro exposta e notou que a filha estava morta”, diz em trecho do depoimento.
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Os gritos de desespero de Patrícia são claramente ouvidos na gravação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na ligação que Marcelo fez e pela qual recebia orientações de um médico sobre os procedimentos a adotar até que a viatura chegasse ao local.
Patrícia contou que foi chamada, por volta das 22h, pela esposa de Marcelo, Gaby Cestari. A mulher relatou que havia acontecido um acidente com Isabele, mas que não sabia explicar exatamente o que. No local, relatou que havia várias pessoas, mas que a adolescente que disparou contra a sua filha não estava. Depois, soube que a menor foi até a casa de um vizinho, onde trocou de roupa.
A mãe da vitima diz que retornou para sua casa para buscar o celular, quando ligou para o neurocirurgião Wilson Novaes, que é amigo da família. Antes disso, no entanto, Gaby parou na casa de outro vizinho, quem também é médico, dr. Garibaldi, que foi até o local.
Ao retornar para a casa, Patrícia disse que o Samu já estava deixando o local e o médico informou que sua filha estava morta. Ela conta que ficou sentada na frente da casa de Marcelo e que havia muita gente no local, inclusive não moradores do condomínio.
Patrícia ainda descreveu a discussão entre um cunhado seu e o empresário Marcelo, sobre o desaparecimento da arma que matou Isabele.
E também viu Glauco Fernando Mesquita chegar à casa. Glauco é pai do namorado da amiga que disparou contra Isabele. Foi o adolescente de 16 anos que levou duas armas até a casa dos Cestari naquele domingo, inclusive a pistola do pai que foi de onde saiu o tiro que matou Isa.
A mãe da vítima também viu o momento que os policiais civis, que são acusados de fazer uma espécie de ‘segurança’ a Marcelo naquela noite, chegarem. Diz que o veículo chegou “cantando os pneus” e que dois homens desceram. Que eram “indivíduos bastante prepotentes”.