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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

18 de Fevereiro de 2021, 10h:25 - A | A

POLÍCIA / MORTE NO ALPHAVILLE

Menor que matou Isabele com tiro na cabeça completa 1 mês no Pomeri

Depois do ministro Edson Fachin negar o pedido de habeas corpus, defesa entrou com um agravo contra a decisão no STF e aguarda que Supremo analise novo pedido de soltura

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



A adolescente B.O.C., 15 anos, que atirou e matou Isabele Ramos Guimarães, 14 anos, completa um mês de internação no Complexo Socioeducativo Pomeri, na ala Menina Moça, nesta quinta-feira (18).

A defesa da atiradora ingressou com um novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), após ter habeas corpus negado.

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Na quarta-feira (17), foi protocolado um agravo de instrumento contra a decisão do ministro Edson Fachin, proferida no dia 9 de fevereiro, a qual negou o pedido de liberdade para a menor infratora.

O pedido será analisado pelo STF, mas ainda não há uma data definida.

B.O.C. foi condenada a internação, pelo ato análogo ao homicídio doloso, por tempo indeterminado. A decisão foi dada pela juíza Cristiane Padim, da Vara da Infância e Juventude.

O caso

Isabele foi atingida por um disparo no nariz que saiu pela nuca, na noite de 12 de julho, na casa da família Cestari, no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.

O disparo foi feito por B, com uma arma deixada pelo namorado em sua casa, a qual pertencia ao seu sogro.

As investigações da morte da adolescente chegaram ao fim no dia 3 de setembro de 2020. A Polícia Civil entregou o inquérito e indiciou cinco pessoas como responsáveis, sendo três adultos e dois adolescentes.                                                     

Uma atuação conjunta da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), conduzida pelos delegados Wagner Bassi e Francisco Kunzê, concluiu que a morte de Isabele não foi acidente e sim intencional ou no mínimo a adolescente B.O.C. assumiu o risco de matar.

O pai da menor, empresário Marcelo Cestari, a mãe, Gaby Cestari, o namorado e o pai do namorado, o empresário Glauco Mesquita, também foram indiciados.

Glauco teve uma transação de pena realizada, pagou R$ 40 mil e teve o processo excluído pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Seu filho, o namorado de B., foi condenado a prestar serviços comunitários durante seis meses, por ato análogo ao porte ilegal de arma.

Já o processo de Gaby e Marcelo ainda não teve uma decisão judicial.

 

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