Morte completa dois meses e amigos usam foto de Isabele no perfil

RepórteMT/Reprodução

Imagem mostra Isabele chegando à casa dos Cestari; ao lado, a montagem feita pelos amigos e que está nos perfis

DA REDAÇÃO

A morte de Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, completa dois meses neste sábado (12). Apontados como principais responsáveis, o empresário Marcelo Cestari e a filha B.O.C., 15 anos, já foram indiciados, assim como mais três pessoas que a Polícia Civil entendeu também terem culpa. Nas redes sociais, amigos e familiares usam fotos em seus perfis com #justiçaporbele. O pedido foi feito para que todos que estivessem juntos na luta por Justiça que deixassem a foto por pelo menos 24 horas. 

Redes sociais

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Isabele Guimarães Ramos

“Vamos fazer uma grande corrente pela Bele e por tantas outras vítimas mortas de maneira tão violenta. Agradecemos imensamente a quem puder nos apoiar, ajudando a dar visibilidade a nosso desejo por justiça. Sabemos que a Bele não voltará pra nossa família, mas não podemos aceitar que esse crime não seja punido”, postou uma pessoa da família.

A adolescente que atirou contra a amiga teve o pedido de internação feito pelo Ministério Público essa semana. Se a Justiça acatar o pedido, a menor será internada no Centro Socioeducativo, no Complexo Pomeri, por no máximo três anos.

Para a Polícia Civil, a adolescente cometeu ato infracional análogo ao homicídio doloso (quando há intenção de matar), por ter, no mínimo, assumido o risco de matar. As perícias e a reconstituição do crime comprovaram que a adolescente estava de frente para Isabele no momento do disparo, que foi feito a uma distância de 20 a no máximo 30 centímetros do rosto. O Ministério Público ressaltou que o crime foi hediondo.

O pai da adolescente, o empresário Marcelo Cestari foi indiciado por homicídio doloso, fraude processual, porte ilegal de arma de fogo e por entregar arma para adolescente.

Também foram indiciados o namorado da adolescente, que levou a arma do pai até a casa dos Cestari no dia 12 de julho (ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo), o pai deste adolescente e a mãe de B.O.C., os dois por omissão de cautela na guarda de arma de fogo. 

Isabele foi morta no dia 12 de julho deste ano, por volta das 22h, com um tiro que atingiu o nariz e saiu pela nuca. A perícia afirmou que a morte foi instantânea.