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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

06 de Outubro de 2020, 16h:13 - A | A

POLÍCIA / MORTE NO ALPHAVILLE

MP quer que sites paguem R$ 100 mil por divulgar vídeo de atiradora

Ao longo dos dias, o trabalho da mídia vai ficando mais difícil, o caso Isabele passou a ser menos comentado, e a Justiça ainda não imputou uma pena para os adultos e adolescentes envolvidos

DA REDAÇÃO



O promotor de Justiça Luciano André Viruel Martinez entrou com representação judicial contra os principais sites da Capital, sob a acusação de Infração Administrativa das Normas de Proteção à Criança e o Adolescente, por suspostamente divulgar de forma indevida vídeo e matérias da adolescente B.O.C., de 15 anos, que matou Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos. A intimação foi entregue ao , Hiper Notícias, Folha Max, Olhar Direto e Mídia News, na tarde desta terça-feira (5). 

Nota-se, durante a cobertura de todo caso, a responsabilidade jornalística dos veículos em não divulgar imagens de forma que identifiquem B., no entanto, o promotor acusa, em denúncia, os veículos de mostrar ampla e indevidamente vídeos com teor do depoimento da mesma, na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

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Luciano ainda questiona os sites por terem divulgado o nome do pai da adolescente, o empresário Marcelo Cestari, que foi preso em flagrante por por ilegal de arma de fogo no dia que Isabele foi morta, e outras informações sobre o caso, como a idade da adolescente. 

A Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) conclui que B. cometeu ato infracional análogo a crime de homicídio doloso, após vários depoimentos, perícias e investigações. A Vara de Infância determinou a internação da menor no Complexo Socioeducativo, do qual ela foi liberada por uma decisão de segunda instância. 

Ao longo dos dias, o trabalho da mídia vai ficando mais difícil, o caso Isabele passou a ser menos comentado, e a Justiça ainda não imputou uma pena para os adultos e adolescentes envolvidos.

O caso 

A Polícia Civil entregou o inquérito e apontou cinco pessoas como responsáveis, sendo três adultos e dois adolescentes.

Uma atuação conjunta da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), conduzida pelos delegados Wagner Bassi e Francisco Kunzê, concluiu que a morte de Isabele não foi acidente e sim intencional ou no mínimo a adolescente B.O.C. assumiu o risco de matar.

Isabele foi atingida por um disparo no nariz que saiu pela nuca, na noite de 12 de julho, na casa da família Cestari, no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. O disparo foi feito por B.

Além da adolescente, foram indiciados o pai dela, o empresário Marcelo Cestari, a mãe, Gaby Cestari, o namorado e o pai do namorado.

 

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