THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT
Nataly Helen Martins Pereira, 25 anos, foi indiciada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP) pelo assassinato da adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos. Nataly responderá pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver, além de delitos envolvendo a tentativa de subtração do bebê e uso de documento falso.
Nataly assassinou Emilly Beatriz no dia 12 de março, com o intuito de roubar o bebê da vítima, que estava grávida de nove meses. A investigação da polícia concluiu que Nataly planejou o crime, chegando a cavar a cova antes mesmo de Emilly chegar à residência, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.
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O inquérito foi concluído e encaminhado para o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) que deve apresentar denúncia à Justiça.
Durante as investigações, os peritos concluíram que Emelly ainda estava viva, quando o bebê foi retirado da sua barriga. A acusada está presa em uma cela isolada na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
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Nataly simulou uma gravidez por meses, utilizando exames falsos e fotos adulteradas para enganar familiares.
Provas periciais corroboram as violências qualificadoras, incluindo marcas de asfixia e o corte abdominal. Exame de necropsia realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) no corpo de Emelly constatou causa da morte por choque hipovolêmico hemorrágico que ocorreu após grandes ferimentos realizados em seu abdômen para a retirada do feto.
A perícia constatou, ainda, diversas lesões contundentes, dentre elas, lesões na face e no olho direito que podem ser resultantes de socos. A vítima estava contida com cabos de internet em seus punhos e pés.
O delegado responsável pelo inquérito policial, Michael Mendes Paes, destacou que em relação aos outros supostos envolvidos (o marido, o irmão e um amigo da autora), foi instaurado inquérito policial complementar para apurar a possível participação deles nos crimes. No dia da descoberta do crime, os três foram conduzidos, ouvidos e liberados, uma vez que não havia elementos contra eles para lavratura do flagrante.
“As investigações seguem em andamento para apurar se eles teriam ou não auxiliado a autora de alguma forma, em algum momento dos crimes praticados por ela, assim como para individualização das possíveis condutas praticadas”, disse o delegado.