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Cuiabá, 22 de Abril de 2025
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07 de Fevereiro de 2023, 13h:40 - A | A

POLÍCIA / SOFRIMENTO SEM FIM

Mulher relata estupros dos 6 aos 19 anos por vizinhos, tio e patrão

Vítima, hoje com 41 anos, também falou sobre os motivos de não ter denunciado.

Heitor Moreira, EPTV1
G1



Uma mulher que foi estuprada três vezes entre os 6 e os 19 anos relatou à EPTV, afiliada da TV Globo, como foram as violências cometidas por vizinhos, tio e patrão.

Hoje com 41 anos, a moradora de uma cidade do interior de São Paulo, na região de cobertura do g1 São Carlos e Araraquara, também contou os motivos de não ter denunciado os casos quando ocorreram.

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O EPTV2 e o g1 lançam, nesta segunda-feira (6), a série de reportagens multimídia chamada "Abuso" — que tem como base o livro da jornalista e apresentadora Ana Paula Araújo e aborda a violência contra mulheres e crianças a partir de experiências na área de cobertura da emissora.

O primeiro abuso aconteceu aos 6 anos quando a família dela se mudou para uma fazenda. Ela fez amizade com uma vizinha e gostava de brincar de casinha e de boneca.

“Mas os outros irmãos dela começam a entrar no quarto também para ficar com a gente. E eu lembro que eles já eram adultos e eles começaram com algumas ‘brincadeiras’. Falavam que iam brincar de médico com a gente, apagavam as luzes. Aí eles começaram a tirar as nossas roupas e aí aconteciam os abusos. Eles tampavam as nossas bocas, minha e da irmã deles, pediam pra gente ficar quieta, que eles tiravam a mãos”, disse.

Ela contou que sofria ameaças após os abusos. “Nós ficávamos quietas e sempre diziam, sempre ameaçavam que a gente não podia contar nada para ninguém, porque senão algo de muito ruim ia acontecer com os nossos pais.”

Em uma noite de Natal, ela sofreu o segundo abuso, aos 11 anos. “Meus pais tinham acabado de se separar, e a gente sempre se reunia nos Natais, na casa da minha avó. Então, eu lembro que eu estava muito triste por conta dos meus pais, e um tio meu chamou eu e meus primos para a gente brincar. Aí, nós começamos a brincar de esconde-esconde, e meu tio pegou um cobertor, se cobriu e falou: 'vem cá, esconde aqui'. Aí, ele me colocou no colo dele e fez com que eu manipulasse o órgão [sexual] dele”, relembrou.

O terceiro abuso aconteceu aos 19 anos. O proprietário do escritório onde trabalhava pediu para ela começar a ir aos domingos para lançar itens do estoque do computador. Leia mais em G1

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