facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 22 de Dezembro de 2024
22 de Dezembro de 2024

08 de Julho de 2014, 12h:32 - A | A

POLÍCIA / ANTES DE MORRER

‘Não pegue a arma’ disse Marchetti ao se deparar com matador

O suspeito confessou o assassinato e alegou que meia hora antes do crime, a esposa dele, de 36 anos, teria sido ‘apalpada’ nas nádegas pela vítima.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



“Não pegue a arma“, seria a última frase dita pelo ex-secretário Vilceu Marchetti, antes de ser assassinado pelo caseiro Anastácio Marafron, de 53 anos.  O suspeito confessou o crime e alegou que meia hora antes do crime, a esposa dele, de 36 anos, teria sido ‘apalpada’ nas nádegas pela vítima.

O caso ocorreu na noite desta segunda-feira (7), na fazenda onde Marchetti era administrador. A propriedade, que é do empresário Nery Fugante, é localizada na região de Mimoso, próxima a Barão de Melgaço (140 km de Cuiabá).

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (8), os delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da capital, Silas Tadeu, Anaíde Barros e Walfrido do Nascimento, que deram apoio nas investigações do delegado Sidney Caetano, de Santo Antônio do Leverger, explicaram que durante um jantar na fazenda, Anastácio flagrou o ex-secretário assediando a esposa.

Com isso, o trabalhador chamou a mulher para conversar em outra sala. “O suspeito indagou a mulher, se o que viu era verdade. A principio, ela disse que não, porém ao ver o marido muito exaltado, ele (Anastácio) deu um ‘tapa’ na mesa muito exaltado, quando ela confessou”, explicou.

Segundo Silas, no momento que ouviu da mulher a confissão do assédio, o suspeito foi em direção ao apartamento onde a vítima ficava. “Ele (suspeito) ainda nos disse que o Marchetti viu a arma, mas mesmo assim foi em direção ao quarto, deitou na cama e deixou a porta entreaberta”, explicou.

No depoimento, Anastácio afirmou que ao entrar no local só disse que Marchetti estava mexendo com sua mulher e atirou. Ainda segundo ele, diante do estado de raiva, não foi possível lembrar quantos tiros deu. Após o crime, o ‘peão’ explicou aos policiais que saiu do apartamento e foi em direção ao rio, que corta a fazenda para jogar a arma, um revólver calibre 38, na água.

Com barulho dos tiros, netos da vítima, de 09 e 14 anos, que estavam em um quarto ao lado, correram ao local e depararam com o avô já morto. Eles acionaram a Polícia Militar, que rapidamente chegou na fazenda.

Sem confessar o crime aos policiais, o caseiro foi preso como suspeito do crime e passou a acompanhar os trabalhos dos militares. Em uma conversa com os PM’s, a esposa confessou ter sido assediada pela vítima. “Diante da confissão, os militares suspeitaram do caseiro e o detiveram”, afirmou Silas.

Ao ouvir que o filho de Marchetti estava se dirigindo à propriedade, o suspeito pediu que a mulher fosse levada do local, com medo de uma possível agressão. Com isso, os militares a liberaram, no entanto, quando ela estava saindo da fazenda foi impedida pelos delegados da DHPP. “A delegada Anaíde a interrogou e ela explicou tudo. Diante do depoimento da esposa, o marido definitivamente confessou o crime”, explicou.

Anastácio foi autuado por homicídio e deve ser encaminhado para um presídio da capital. Já segundo Walfrido, como foi autuado em flagrante, as investigações continuam por mais 10 dias. Após o término de todas as oitivas, o delegado conclui o inquérito e encaminha a denúncia para o Ministério Público.

 

Comente esta notícia