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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

02 de Agosto de 2023, 07h:50 - A | A

POLÍCIA / COM CABO DE ENERGIA

Padrasto tortura enteado de 11 anos após criança se recusar a beijar menina na boca

Agressões iniciaram após a morte da mãe da vítima há cerca de dois meses.

DO REPÓRTER MT



Um homem, 36 anos, foi preso na segunda-feira (31), após torturar o enteado de 11 anos com fio de energia, em Tangará da Serra (239 km de Cuiabá). Uma das agressões teria sido motivada após o menino se recusar a beijar uma menina. 

As investigações iniciaram no dia 23 de julho, após a equipe da Delegacia da Mulher ser acionada pelo Conselho Tutelar de que uma criança vinha sendo constantemente agredida pelo padrasto, razão pela qual nem estava indo à escola.

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Os policiais realizaram diligências, constatando a veracidade da denúncia, encontrando o menino com várias lesões nas costas, após ter apanhado do padrasto com cabo de energia.

Segundo as informações, as agressões iniciaram há cerca de dois meses, após o falecimento da mãe da vítima e ocorriam sempre quando o padrasto ingeria bebida alcoólica. A última agressão teria ocorrido pelo fato de o menino não ter beijado na boca uma menina, conforme ordenado pelo padrasto.

No depoimento, foi possível verificar que a vítima estava muito abalada emocionalmente, tanto pelo medo de conviver com o padrasto, quanto pelo impacto causado pelas agressões, chegando a chorar ao relembrar os fatos.

Com base nas evidências, o delegado Adil Pinheiro de Paula representou pela prisão preventiva do suspeito, pelo crime de tortura majorada contra criança, que foi deferida pela Justiça e cumprida na segunda-feira (31), pelos policiais da Delegacia da Mulher de Tangara da Serra.

“É um crime gravíssimo, em razão da futilidade e insensatez do motivo que desencadeou uma agressão de tamanha magnitude em uma criança e que revela o alto grau de periculosidade do suspeito, que colocou a vida do enteado em risco, considerando a intensidade dos castigos. Não é possível imaginar a dor suportada pela vítima enquanto era agredida, bem como em momento posterior, uma vez que os hematomas não deixam dúvidas do quanto a região dorsal ficou lesionada”, disse o delegado.

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