DA REDAÇÃO
Um casal foi preso pela Polícia Civil na quarta-feira (02) acusado de envolvimento na chacina em Sinop (500 km de Cuiabá), no dia 16 de dezembro. O homem estava no Distrito de Americana do Norte, em Porto do Gaúchos, e a mulher em Sinop.
O crime ocorreu no bairro Adriano Leitão. Os bandidos estavam encapuzados, chegaram na casa e atiraram contra quatro pessoas.
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As vítimas foram identificadas como Laurielson França Souza, 30 anos; Rubenilson de Jesus Silva Monteiro, 38 anos; Emerson Renaio Ribeiro Pereira, 22 anos e Bruno Beche Barcia Sousa, 23 anos.
Todos eram naturais do estado do Maranhão e estavam trabalhando em Sinop na área da construção civil.
Conforme a Polícia Civil, os investigadores apuraram ainda que na casa haviam outras pessoas, entre elas, mulheres e crianças. Os atiradores entraram na residência e escolheram os alvos, com base em imagens de celulares, que, supostamente, pertenceriam a uma facção com atuação em São Paulo.
Um adulto conseguiu se esconder dos disparos, se abrigando debaixo de uma cama.
Durante a apuração para esclarecer a chacina, os investigadores da Delegacia de Sinop constataram que o veículo utilizado para a fuga dos criminosos foi uma caminhonete Toyota Hilux.
Após troca de informações com a Polícia Militar foi possível chegar à identificação do veículo e também do condutor.
Os policiais civis levantaram que no dia do crime, uma mulher foi a duas lojas em Sinop e comprou quatro capuzes, que foram utilizados pelos criminosos que realizaram os disparos.
Prisões
Na quarta-feira (02), o homem que conduziu a Hilux foi preso no distrito de Americana do Norte, município de Porto dos Gaúchos. O motorista confirmou que deu carona para os atiradores.
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A caminhonete que ele dirigia foi apreendida também na quarta-feira, em uma funilaria mecânica, em Sinop.
Ele tentou se desfazer do veículo depois de saber que poderia ter imagens gravadas da Hilux.
O acusado colocou a Hilux em uma oficina para fazer a pintura e depois vender.
Já a mulher que comprou os capuzes foi presa na manhã desta quinta-feira (03), no Jardim das Oliveiras, em Sinop. Ela confirmou a compra dos acessórios, mas alegou que não sabia a finalidade e que comprou os capuzes a pedido de um integrante de uma facção criminosa, que está foragido por outros crimes.
Os policiais identificaram que a acusada fazia o recolhimento das vendas de entorpecentes nas biqueiras.
A investigação da Divisão de Homicídios continua para identificar os atiradores e não há indícios, até o momento, de que as vítimas pertenceriam a uma facção criminosa.