APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, determinou que a Polícia Federal realize uma nova perícia na contabilidade da Unimed Cuiabá. A determinação consta na mesma sentença em que tornou réus os seis gestores da empresa por supostamente terem atuado no esquema que maquiou os relatórios contábeis da cooperativa para esconder um rombo de R$ 400 milhões.
A decisão atende ao pedido do Ministério Público Federal (MPF), que solicitou a repetição, em juízo, da prova pericial técnico-contábil.
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“Defiro a realização de laudo pericial, que ficará a cargo do Departamento de Polícia Federal. Para tanto, a Secretaria do juízo deverá habilitar o Departamento de Polícia Federal para que tenha acesso ao acervo de documentos que acompanha a denúncia”, diz o magistrado.
Foram presos provisoriamente sob a acusação de integrar e se tornaram réus no processo as seguintes pessoas:
- Rubens Carlos de Oliveira Júnior, ex-presidente do Conselho de Administração
- Eroaldo Olivera, ex-CEO
- Suzana Palma, ex-diretora financeira
- Jaqueline Larrea, ex-assessora jurídica (já está em liberdade)
- Ana Paula Parizotto, ex-superindente financeira
- Tatiana Bassan, ex-chefe do Núcleo de Monitoramento de Normas
Eles deverão responder pelos crimes de fraudes contábeis e de falsidade ideológica, este último cometido sete vezes.
A investigação contra uma outra ex-funcionária da Unimed Cuiabá, que assinava os relatórios contábeis, foi arquivada porque o magistrado entendeu que ela sofreu "coação moral irresistível".
Conforme o MPF, as investigações do âmbito da Operação Bilanz continuam em andamento, com expectativa de novos desdobramentos, incluindo possíveis denúncias contra ex-diretores e funcionários envolvidos nas fraudes contábeis e desvios patrimoniais.