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Cuiabá, 14 de Novembro de 2024
14 de Novembro de 2024

26 de Novembro de 2020, 08h:50 - A | A

POLÍCIA / EXECUÇÃO DE GARIMPEIROS

Polícia monitora suspeitos de chacina e apura versão da sobrevivente

Ligação do crime com um assassinato de garimpeiro ocorrido uma semana antes também é investigada

CAROLINA HOLLAND
DA REDAÇÃO



A Polícia Civil disse que está monitorando alguns suspeitos de terem cometido a chacina em Aripuanã (1.002 km a Noroeste de Cuiabá), no último fim de semana. Conhecidos e familiares das vítimas assassinadas, além de populares, já prestaram depoimentos aos investigadores que estão com o caso. Os quatro mortos eram garimpeiros e o crime pode ter relação com essa atividade. 

As informações repassadas pela jovem que disse ter sido poupada dos assassinatos por estar grávida também estão sendo checadas. A polícia não descarta a participação da sobrevivente nas execuções, que teve como uma das vítimas o próprio marido dela, Jonas dos Santos, 25. O casal tinha vindo recentemente do Pará para Mato Grosso a fim de trabalhar com garimpo.

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“Nenhuma linha de investigação foi descartada pela Polícia Civil e a veracidade de todas as informações trazidas pela sobrevivente ou por outras pessoas está sendo averiguada”, disse a delegada Amanda Menuci Petelinkar. A jovem foi localizada em Sinop, dois dias depois da chacina, e disse que não procurou a delegacia antes porque estava com medo.  

Os corpos de Elzilene Tavares Viana, 41, conhecida como Babalu, do marido dela, Leôncio José Gomes, 40, do filho dela, Luiz Felipe Viana Antônio da Silva, 19, e de Jonas foram encontrados em uma estrada, com marcas de tiros, na segunda-feira (23). Luiz não morava com a mãe, e estava apenas de passagem. Já Babalu e o esposo, além do garimpeiro, também exploravam possivelmente outras atividades, que estão sendo investigadas.

Uma semana antes da chacina, um garimpeiro identificado como Luiz Leonardo Ramires de Moura também foi executado no município. Uma possível relação entre esses homicídios também não foi descartada, assim como nenhuma outra hipótese que vincule a chacina a outros assassinatos anteriores na região, informou a delegada. 

“O garimpo em Aripuanã enfrenta uma situação complexa e muito peculiar, diferente de qualquer outro no país. Há um certo esforço em prol da legalização da atividade, mas muito da exploração ainda ocorre ilegalmente. Há vários ‘buracos’ explorados por muitas  pessoas, que possuem muitos funcionários, que, por sua vez, são de alta transitoriedade e trabalhando para diversas pessoas em um curto espaço de tempo”, disse Amanda.  

O crime 

Cinco pessoas foram rendidas quando desciam a serra do garimpo por volta das 9h de sábado (21), em direção a Aripuanã. Elas foram abordadas por quatro homens armados que tinham ‘trancado’ a estrada usando uma caminhonete. Um deles estava com uma arma longa, disse a jovem grávida.

Depois, os criminosos dirigiram por cerca de 50 km em direção ao município de Juína. Passaram a vila de Tutilândia, pararam a caminhonete e executaram quatro pessoas, liberando a jovem. Depois, atearam fogo no veículo, cujas chamas atingiram Babalu, que ficou com cerca de 70% queimado.

Os corpos foram encontrados por populares perto da caminhonete e levados ao Instituto Médico Legal (IML). No local do crime havia ainda munição calibre 12. Segundo a perícia, as vítimas foram mortas a tiros e não havia sinais de tortura. 

 

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Eqyeal 26/11/2020

É óbvio que quem mata quatro pessoas de jeito, não iria deixar testemunha. Possivelmente a mulher conhece quem matou. É uma hipótese.

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1 comentários