RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Gabrielle Macedo Rodrigues, 19 anos, foi presa na noite de segunda-feira (18) e autuada por apologia ao crime. Foi ela quem divulgou imagens de um grupo de WhatsApp intitulado “MassacreMT”, que planejaria atentados nas escolas Jaime Veríssimo de Campos Júnior e Marlene Marques, ambas na região do bairro Jardim Imperial em Várzea Grande. Os diretores das duas unidades de ensino registraram boletins de ocorrência comunicando as ameaças.
A jovem foi detida após investigação da Agência de Inteligência do 4° Batalhão de Polícia Militar (BPM).
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Gabrielle confessou que fazia parte do grupo, mas alegou que saiu logo após ser adicionada. Ela afirmou que mandou uma mensagem para o criador do grupo, identificado como Bruno Lima, dizendo: “Eu tô de boa, mano”.
“Até o momento não foi comprovado de forma concreta qualquer intensão de praticar atentado. Os monitoramentos continuam para afirmar que não há risco de massacres acontecerem em nosso Estado. Por enquanto as situações não passaram de trotes”, disse o delegado.
Porém, antes de sair do grupo ela fez um 'print' das conversas e postou a imagem capturada em seus status no WhatsApp, com a seguinte legenda: “O bagulho vai ficar doido”.
O delegado Eduardo Botelho, da Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Decat), disse que a polícia acompanha todas as supostas ameaças em Mato Grosso, mas que até o momento nenhuma se mostrou concreta. Todas foram trotes, ou brincadeiras de mau gosto, conforme confessaram os envolvidos.
“Até o momento não foi comprovado de forma concreta qualquer intensão de praticar atentado. Os monitoramentos continuam para afirmar que não há risco de massacres acontecerem em nosso Estado. Por enquanto as situações não passaram de trotes”, disse o delegado.
A Polícia Civil segue investigando outros participantes do grupo de Várzea Grande.
Ameaça em Cáceres
Na última sexta-feira (15), a diretora de uma Escola Estadual do município de Cáceres (220 km de Cuiabá) procurou a Polícia Civil para denunciar um grupo criado no aplicativo Telegram, administrado por um menor, identificado como H.A.A., de 17 anos, que fez ameaças de ataque à unidade.
Quatorze dos 18 participantes do grupo de Cáceres foram detidos e encaminhados para serem ouvidos na delegacia, onde disseram estar arrependidos e afirmaram que o grupo não passava de uma brincadeira.
Também em Porto Esperidião, um jovem de 18 anos, de uma escola na Vila Cardoso, comunidade rural no Distrito de Porto Esperidião, teria feito um comentário sobre as mortes ocorridas em Suzano (SP), em um grupo em rede social no colégio. O jovem foi ouvido e alegou estar muito “envergonhado e arrependido”.
Ataque em Suzano
As ameças em MT passaram a surgir após o atentado na Escola Raul Brasil, no município de Suzano, em São Paulo, na quarta-feira (13).
Dois jovens invadiram a unidade. O massacre deixou 10 mortos, dentre eles, os dois assassinos, que se mataram.
Outro lado
O entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para saber as providências a respeito das ameaças. Em nota, a Seduc informou que acompanha os casos juntamente com a Polícia Civil.
Leia a nota na íntegra
Em relação ao caso de possível apologia ao crime em escolas estaduais, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que:
1 - Está acompanhado o caso de perto e, juntamente com a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), está tomando todas as providências para tranquilizar e garantir a segurança de toda a comunidade escolar;
2 - Informa ainda que está tratando do assunto de forma criteriosa e tentando resolver a situação internamente com a comunidade escolar para evitar que sejam criados caos e pânico em relação ao caso.
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