JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Desaparecido há três o piloto de avião, Paulo Cézar Azoia Bertoini, também conhecido como ‘Pium’, de 30 anos pode estar na Bolívia. A Polícia continua com as investigações. Ele foi visto pela última vez decolando do aeroporto de Juína (600 km de Cuiabá), em uma aeronave PP-VIM, modelo Cesna, com capacidade para cinco pessoas. Ele teria deixado os passageiros para trás e decolado sem fazer os procedimentos de rotina, o que deixa a hipótese de sequestro no ar.
Ao RepórterMT, o delegado, Rodrigo Costa Rufato, confirmou que a Polícia trabalha com a possibilidade de que o piloto tenha sido vítima de um sequestro. “Estamos também com essa linha de investigação, já que há muitos casos na região. Sequestrados, os pilotos são obrigados a levar as aeronaves à Bolívia. Os criminosos usam esses aviões para levar e trazer drogas ao país”, explicou.
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Conforme Rodrigo, a operadora telefônica por meio de um torre, rastreou o ponto da onde o aparelho celular emitiu o último sinal. “O sinal do celular veio do município de Alta Floresta do Oeste, em Rondônia, na divisa com a Bolívia. Geralmente esse roteiro é usado por quem quer ir ao país”, destacou.
O delegado disse que a Polícia Federal e a Agência Nacional de Aviação (ANAC) já foram informadas sobre o desaparecimento do piloto, porém a polícia da Bolívia ainda não foi avisada.
MOBILIZAÇÃO NA INTERNET
Familiares e amigos do piloto estão realizando uma mobilização por meio da rede social Facebook, com o intuito de tentar localizar Paulo César ou conseguir alguma informação sobre a localização da aeronave.
Ao RepórterMT, uma prima do piloto disse que toda a família e os amigos estão muito angustiados com a falta de informação. “Ele sempre foi uma pessoa querida, nunca se envolveu com nada ilegal. Temos fé em Deus que vamos conseguir encontra-lo o mais rápido possível. Toda a cidade está mobilizada sobre o caso” explicou.
O DESAPARECIMENTO
O piloto desapareceu na manhã de domingo (01), quando foi visto decolando do aeroporto de Juína. Conforme informações dos familiares, ele foi contratado por um grupo de pessoas que iriam para Cuiabá, porém antes do horário combinado Paulo César decolou de forma suspeita.
Conforme o investigador da Polícia Civil, o piloto também não acionou o sistema de transponder (GPS) da aeronave, dificultando a sua localização. “Além disso, a base em Cuiabá, onde era o destino do piloto, não recebeu nenhuma informação sobre a viagem, levantando ainda mais suspeitas”, disse.
O sumiço do piloto foi comunicado à Polícia Civil, pela mãe dele, a senhora Brígida Azoia Bertocini.