APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP), vai indiciar três pessoas pelo homicídio do advogado Roberto Zampieri: o assassino, Antônio Gomes da Silva; o intermediário, Hedilerson Fialho Martins Barbosa; e o coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que teria sido o financiador do crime.
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Segundo Nilson, há provas testemunhais, técnicas e contexto fático que permitem o indiciamento dos três suspeitos de participarem do crime.
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Apesar de o prazo para conclusão das investigações terminar após o Carnaval, o delegado afirma que apresentará o indiciamento até o dia 5 de fevereiro.
“Na verdade, eu ainda não relatei o inquérito, né? Vou relatar até o dia 5 (de fevereiro). Hoje tem elementos para o indiciamento desses três", disse em entrevista ao RepórterMT.
Já a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, acusada de ser a mandante do crime, não será indiciada nesse momento.
"Em relação à Maria Angélica, se até o dia 5 não surgir mais nada... Eu hoje não tenho elementos (para o indiciamento dela). Com a minha convicção como delegado, eu não indicio ela. (...) Hoje, eu não sinto segurança por um indiciamento”, pontuou o delegado.
“O que é um indiciamento? É o ato pelo qual o delegado de polícia entende que alguém praticou um crime. Entendeu? Ele tem que estar convicto. Em relação a ela, eu não tenho essa convicção formada ainda, mas não quer dizer que não vai ser investigado”, completou.
O caso
O crime aconteceu no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, no dia 05 dezembro. Zampieri foi assassinado com nove tiros, dentro do próprio carro, uma Fiat Toro, quando saía do escritório. O bandido ficou de tocaia, esperando o advogado sair.
Em vídeos é possível ver a Fiat Toro estacionada na Rua Topázio. Quando o advogado entra no veículo, é seguido pelo bandido, que estava todo de preto. Ele se aproxima e atira várias vezes.
Prisões
A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro, no dia 20 de dezembro. Ela foi solta no dia 18 de janeiro, por 'falta de provas'. Ela está "presa' a medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
O coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, foi preso no dia 15 de janeiro de 2024, em Belo Horizonte (MG), apontado como financiador da execução. Em um primeiro depoimento ele permaneceu em silêncio. O coronel foi transferido para Cuiabá na quarta (17) e, caso necessário, irá prestar um novo depoimento.
Antonio, o executor, foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O mandado de prisão foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado.
Hedilerson Fialho Martins Barbosa foi preso no dia 22 de dezembro, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Maria Angélica, Antonio e Hedilerson foram transferidos para Cuiabá no dia 21 de dezembro.