MAYARA MICHELS
Oito presos de alta periculosidade fugiram na madrugada desta terça-feira (8), da Penitenciária Central de Mato Grosso (antigo Pascoal Ramos). Segundo informações da Polícia Militar os presos serraram as grades de uma das celas, e foram para a área externa do presídio, em seguida pularam o muro que dá acesso à rua, sem ninguém ver.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio de sua assessoria de imprensa, a fuga ocorreu no raio 2 do presídio, onde estão os bandidos de maior periculosidade. Agentes prisionais realizaram uma vistoria em todos os raios da unidade.
Policiais militares realizam as buscas pela cidade a procura dos presos perigosos. Até a tarde desta terça-feira, ninguém foi recapturado.
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A Sejudh informou ainda que, com o objetivo de intensificar ações que possam evitar, entre outras ocorrências, as fugas registradas nas duas últimas semanas no Sistema Penitenciário, o secretário Paulo Lessa, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), determinou que todos os diretores de penitenciárias e cadeias públicas passem por capacitação para aperfeiçoar os procedimentos padrões de segurança nas unidades penais.
ADVOGADO DETIDO
O advogado Adalberto Corrêa, de 66 anos, é o principal suspeito de entregar a criminosos cinco aparelhos celulares, vários chips e carregadores, na manhã desta terça-feira (8). Segundo informações da delegada Juliana Chiquito Palhares, após ser feito uma revista minuciosa no presidio, agentes prisionais desconfiaram e encontraram todos os equipamentos com alguns detentos de uma ala, que havia acabado de receber visita do advogado.
Ainda segundo a delegada, o advogado foi a única pessoa que teve contato com os reeducandos, na manhã de hoje. Ele foi ao Presídio conversar com dois clientes (presos), são os mesmos que os aparelhos foram encontrados.
Como os agentes prisionais não viram o advogado passando os aparelhos, não foi flagrante. Mas o advogado foi encaminhado para a Delegacia do Planalto.
Adalberto prestou depoimento, depois assinou um Termo Circunstanciado, onde deverá responder pelo artigo 349 do código penal – facilitar a entrada de qualquer meio de comunicação em presídios. Depois foi liberado para responder o processo em liberdade.