MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O promotor Marcos Regenold Fernandes afirmou ao , nesta sexta-feira (28), que a morte de Isabele Guimarães Ramos caminha para um desfecho de homicídio doloso (quando há intenção de matar). A conclusão do o promotor se baseia nas provas e nos depoimentos colhidos. “Até agora tudo leva a crer que será assim”, pontuou Regenold.
Ele explica que nesses casos são trabalhadas três possibilidades: crime acidental, que acontece de forma involuntária, crime culposo, onde não há intenção de matar e ocorre um acidente, e crime doloso, quando há intenção de matar.
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Regenold aponta que a versão apresentada por B.O.C., adolescente responsável pelo disparo que matou Isabele, se comprovou fisicamente impossível, descartando o crime acidental. B. disse em depoimento que a case de armas, que levava para guardar no armário, caiu e quando ela foi pegar acabou acontecendo o disparo que matou a vítima. Os laudos periciais e a reconstituição da morte comprovaram que a versão por B. e seu família é insustentável.
Já a possibilidade de crime culposo é descartada pois a adolescente nega que tenha feito alguma brincadeira, ou algo neste sentido, o que terminaria em um acidente. Segundo o promotor, não há nada nos autos que levante ou indique a possibilidade de um homicídio culposo (sem intenção). “Se não é acidente, se não é culposo, porque ela nega, só pode ser doloso”, conclui o promotor.
“Não fecha a conta. Tiro acidental foi descartado até agora por três laudos periciais”, continua.
Regenold ainda colocou que na reconstituição tudo ficou muito claro e que aguarda o laudo da Politec.
Relembre o caso
Isabele Guimarães morreu na casa da amiga, filha do empresário Marcelo Cestari, na noite do dia 12 de julho deste ano. As informações são que a amiga estava indo guardar duas armas e que em um acidente, as armas caíram e ao pegá-las uma disparou acidentalmente, acertando Isabele, que estava dentro do banheiro do quarto da amiga. O tiro acertou o nariz e saiu na nuca.
Na mesma noite, a Polícia Civil apreendeu sete armas na residência, sendo duas em nome de uma terceira pessoa. Por não ter o porte das armas, Marcelo foi preso em flagrante e pagou R$ 1 mil para ser solto. As duas armas são do sogro da adolescente B.O.C. e foram levadas até a casa pelo namorado da jovem.
Mariana 28/08/2020
Oi
souza 28/08/2020
Esta claro, pela pericia técnica que considera apenas as evidências e os fatos que não mentem, que foi doloso, como afirma o Promotor. Se o MPE não representar, será dado o recado aos adolescentes e jovens, especialmente da classe média-alta, que podem resolver suas diferençazinhas atirando na cara do outro. Depois é só dizer que foi sem querer e os pais pagarem um bom advogado e, patrocinarem a publicação de algumas reportagens que "tudo se resolve".... A sociedade aguarda a justiça que só pode iniciar com o MPE.... Como sociedade, estamos de olho...
2 comentários