MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O empresário Marcelo Martins Cestari, de 46 anos, pai da adolescente apontada como autora do disparo que matou Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, prestou um depoimento contraditório para a polícia. Na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ele afirmou que encontrou a menina caída, sem marcas de tiro ou sangue. Entretanto, ligação divulgada do empresário para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele diz que a menina havia perdido dois litros de sangue e que teria sido uma queda no banheiro.
No depoimento, Cestari disse ao delegado que não sabia que se trava de um tiro, pois não havia sangue e nem marcas de tiro, acreditando que a vítima tinha caído no banheiro. Ele ligou para o Samu, e ao ser orientado para que ajeitasse o corpo de Isabele e desse início ao procedimento de massagem cardíaca, encontrou uma 'bola' na nuca da menina. Ao iniciar as manobras de ressuscitação, o sangue começou sair do local onde ele identificou essa 'bola'.
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Já na ligação ao Samu, ele está em desespero e diz: "Ela caiu no banheiro, bateu a cabeça, perdeu dois litros de sangue. Por favor, muito rápido, está perdendo muito sangue". Quando a ligação chega a um minuto, o atendente dá as instruções e ele começa a massagem cardíaca.
A versão apresentada para a polícia é diferente dos fatos do dia 12 de julho, dia que Isabele morreu na casa do empresário. A história apresentada na DHPP contém furos sobre o que ocorreu, conforme mostra ligação.
Veja, ouça e compare:
Depoimento
RepórterMT/Reprodução