ALCIONE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) confirma que cinco pessoas teriam sido assassinadas em uma chacina ocorrida quinta-feira (20), na Gleba de Taquaruçu do Norte, no distrito de Guariba, que fica a cerca de 300 km de Colniza (a 1065 km de Cuiabá). Homens encapuzados teriam invadido o local. Não há crianças entre as vítimas.
As informações ainda estão confusas já que o local é de difícil acesso e sem sinal de celular. As primeiras informações davam conta de que haveria entre seis a 10 vítimas, entre elas crianças e idosos.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Segundo a pasta, três técnicos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) decolaram nesta sexta-feira (21), às 8 horas, do hangar do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), com destino ao distrito de Guariba.
De Guariba até o local do crime são mais 200 km em mata fechada e estrada com atoleiro e 15 minutos de barco ou 18 km a pé, por isso, não é possível precisar que horas os peritos chegarão para iniciar os trabalhos.
Na quinta-feira (20), equipes da Polícia Judiciária Civil e da Polícia Militar se deslocaram para gleba. Os policiais gravaram em vídeo a dificuldade de acesso ao local.
Por volta das 17 horas, profissionais da Polícia Judiciária Civil chegaram, em Guariba, último local com sinal telefônico. Lá encontraram familiares das vítimas que informaram que cinco pessoas foram mortas.
Um helicóptero, que está em Juína, não deslocou até à área, pois a aeronave não tem autonomia de vôo até lá. Então, uma equipe da Força Tática de Juína foi enviada para o local do crime por terra.
De acordo com o 8° Comando Regional da PM, a gleba é conhecida pela disputa de terras e conflitos agrários – o que pode ter motivado as supostas execuções.
Conflito no Campo
Um levantamento realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) apontou que 6.601 famílias de Mato Grosso moram em áreas de conflitos agrários. Os dados colocam o Estado na 1º posição no ranking do Centro-Oeste e em 6º lugar no ranking nacional. Os números fazem referência aos casos ocorridos em 2016.
Veja o vídeo dos policiais:
