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Cuiabá, 23 de Novembro de 2024
23 de Novembro de 2024

05 de Agosto de 2024, 14h:59 - A | A

POLÍCIA / APÓS DEVASSA DO CNJ

STF nega pedido de viúva de Zampieri para devolver telefone de advogado assassinado em Cuiabá

Família de advogado tenta resgatar aparelho telefônico após conteúdo apontar esquema de venda de sentenças no TJ.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Adriana Ribeiro Garcia Bernardes Zampieri, viúva do advogado Roberto Zampieri, para reaver o aparelho celular do marido. A decisão foi proferida na sexta-feira (02).

Roberto Zampieri foi morto a tiros em 5 de dezembro de 2023, quando saia de seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O aparelho celular dele foi entregue para a polícia, que fez a extração dos dados.

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As informações do telefone foram parar na Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determinou o afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por suposto esquema de venda de sentenças.

No dia 24 de junho deste ano, o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, chegou a determinar a devolução do aparelho para a viúva, mas voltou atrás no dia 27 daquele mês. O magistrado acolheu pedido do Ministério Público, que alegou que a investigação policial ainda estava em curso e que poderia ser necessária mais alguma perícia no aparelho.

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Conforme a Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, Zampieri teve a morte encomendada pelo fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo que temia que a proximidade do advogado com um desembargador pudesse afetar uma ação judicial que tratava da disputa de uma propriedade avaliada em R$ 100 milhões na cidade de Paranatinga.

O irmão de Aníbal perdeu parte das terras em uma outra disputa judicial da qual Zampieri fazia parte, o que teria despertado em Aníbal o medo de também ser derrotado na Justiça.

O fazendeiro chegou a ser preso no dia 11 de março deste ano, mas foi colocado em liberdade por determinação da Justiça no mesmo dia. Na época, a defesa do fazendeiro alegou que as provas contra ele eram frágeis, além de se tratar de um homem idoso e que possui comorbidades que demandam cuidados especiais.

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Em fevereiro deste ano, o Ministério Público de Mato Grosso já havia apresentado denúncia contra Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas por homicídio triplamente qualificado. Eles passaram por audiência de instrução e seguem presos no aguardo do julgamento.

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