JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
A Operação Sign Off, deflagrada pela Polícia Federal e pela Receita Federal na manhã desta quarta-feira (16), teve como alvo várias bancas no Shopping Popular, em Cuiabá, que vendiam importados de forma clandestina. Para o superintendente da receita, Antônio Henrique Lindemberg Baltazar, isso não pode ser considerado um crime “leve”, já que financia as grandes organizações criminosas.
“É importante salientar que se trata de um crime cuja movimentação financeira é responsável pela manutenção das próprias organizações. Isso não é um crime pequeno, é um crime que financia grandes organizações criminosas”, destacou Antônio Lindemberg.
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Ainda segundo Lindemberg, os agentes chegaram na quadrilha após monitoramento nas redes sociais.
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O grupo investigado movimentava altos valores recebidos dos comerciantes de eletrônicos em contas de empresas de fachada, registradas em nome de laranjas, visando dissimular a origem e a finalidade de remessa de valores ao exterior para o pagamento de eletrônicos. Somente em 1 ano e meio, o esquema teria movimentado mais de R$ 120 milhões.
Foram empregados 180 policiais federais e 74 auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal para o cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alta Floresta, Rondonópolis, Ribeirão Preto (SP) e Ponta Porã (MS).
A ordem judicial também determinou a suspensão de atividades econômicas das empresas intermediadoras dos recursos, sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de criptoativos e valores em contas bancárias. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 5º Vara Federal Criminal da SJMT.
Os investigados poderão responder pelos crimes de descaminho (Art. 334, do Código Penal), organização criminosa (Art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/13), evasão de divisas (Art. 22, parágrafo único, da Lei nº 7.492/86) e lavagem de capitais (Art. 1º, caput, da Lei nº 9.613/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
Sign Off é um termo em inglês que significa término, encerramento. Sua utilização como nome da operação faz referência a um de seus objetivos: encerrar o complexo esquema financeiro identificado.
Outro lado
A Associação dos Camelôs do Shopping Popular vem a público esclarecer acerca da “operação Sign Off” da Receita e Polícia Federal ocorrida na manhã desta quarta-feira (16) no Shopping Popular.
De acordo com as informações, a operação está sendo realizada em vários estabelecimentos comerciais da capital e demais cidades do país buscando esclarecer a forma de aquisição e pagamento de produtos eletrônicos.
Das mais de 600 lojas do Shopping Popular, oito foram objeto da fiscalização, sendo uma situação isolada. A operação foi acompanhada pelo departamento jurídico da Associação, prestando todo apoio aos associados e às autoridades.
Entendemos que tanto a Receita quanto a Policia Federal estão cumprindo com o seu mister e no tempo oportuno cada um dos associados envolvidos na operação poderá esclarecer os fatos em eventual procedimento judicial.
Hoje o Shopping Popular gera mais de 3 mil empregos diretos e indiretamente, sendo conhecido nacionalmente por sua organização, geração de emprego e renda para nossa capital e o estado de Mato Grosso.
A Associação vem cada vez mais orientando seus associados para que trabalhem na mais lídima legalidade, prezando sempre pelo respeito à lei e aos nossos clientes.
O Shopping está aberto normalmente com todas as lojas e restaurantes em pleno funcionamento.
Assessoria de imprensa e assessoria jurídica da Associação dos Camelôs do Shopping Popular
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