MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O laudo de balística, feito pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), aponta que arma que matou Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi engatilhada e que do contrário não poderia disparar. Conclusão dos peritos desmente o depoimento da adolescente B.O.C., também de 14 anos, responsável pelo disparo que ocorreu no dia 12 de julho, em Cuiabá. B. afirmou que houve um acidente e que a arma disparou.
“Nas circunstâncias alegadas constantes do Termo de Declarações de B.O.C., a arma de fogo questionada AFQ1, da forma como foi recebida nesta Gerência, somente se mostrou capaz de realizar disparo e produzir tiro estando carregada (cartucho de munição inserido na câmara de carregamento do cano), engatilhada, destravada e mediante o acionamento do gatilho”, relata trecho do documento o qual o teve acesso.
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Conforme apontou o relatório, o disparo partiu de uma altura de 1,44 metros do piso, com alinhamento horizontal e distância entre 20 a 30 centímetros da face de Isabele. Foi feito de frente para vítima. A arma que matou Isabele é uma pistola calibre 380, da marca Imbel, com o número de série “HGA44564” e pertence ao sogro de B.O.C. (veja fotos abaixo)
No depoimento do namorado de B.O.C., ele afirma que deixou a arma descarregada na casa da adolescente, e pediu para que o pai da garota, o empresário Marcelo Martins Cestari, guardasse o equipamento em sua casa.
Relembre o caso
Isabele Guimarães morreu na casa da amiga, filha do empresário Marcelo Cestari, na noite do dia 12 de julho deste ano. As informações são que a amiga estava indo guardar duas armas e que em um acidente, as armas caíram e ao pegá-las uma disparou acidentalmente, acertando Isabele, que estava dentro do banheiro do quarto da amiga. O tiro acertou o nariz e saiu na nuca.
Na mesma noite, a Polícia Civil apreendeu sete armas na residência, sendo duas em nome de uma terceira pessoa. Por não ter o porte das armas, Marcelo foi preso em flagrante e pagou R$ 1 mil para ser solto. As duas armas são do sogro da adolescente B.O.C. e foram levadas até a casa pelo namorado da jovem.
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