RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJMT) concedeu liberdade, na tarde desta quarta-feira (07), para Giovanni Zem Rodrigues, apontado como líder de uma organização criminosa voltada para o jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
A decisão não se estende para outros presos do núcleo “Colibri”, comandado por João Arcanjo Ribeiro.
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O relator do processo, desembargador Rui Ramos, alegou dentre outros pontos que a prisão de Giovanni aconteceu sem provas de movimentos ilícitos, como lavagem de dinheiro. Quanto aos crimes de violência, como extorsão e sequestro, ao qual também é acusado, o desembargador alegou que os fatos apontados são antigos e que somente as medidas cautelares como tornozeleira eletrônica seria o suficiente para que a liberdade seja concedida.
Rui Ramos foi seguido pelos desembargadores Juvenal Pereira da Silva e Gilberto Giraldelli.
“Não há justificativa para prisão do paciente [Giovanni]. Lavagem de dinheiro pode haver indício, mas tem que haver comprovação, já que ele é proprietário de outras empresas que tem rentabilidade. O dinheiro apreendido com eles não justifica a prisão pela acusação de lavagem de dinheiro",decidiu Juvenal.
Conforme o Gaeco, 14 pessoas, entre elas João Arcanjo Ribeiro e seu genro, Giovanni Zem Rodrigues compõem o núcleo Colibri. Eles foram presos após a deflagração da Operação Mantus, no dia 29 de maio, e denunciados pelos crimes de organização criminosa, contravenção penal do jogo do bicho, extorsão, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
Veja o julgamento