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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

26 de Novembro de 2020, 08h:18 - A | A

POLÍCIA / CASO ISABELE

TJ proíbe atiradora de sair de casa à noite e aos finais de semana

Desembargadores avaliaram o pedido do procurador Paulo Prado para voltar a internar a adolescente, mas negaram a medida considerada mais extrema

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve o habeas corpus, por unanimidade, de B.O.C., de 15 anos, adolescente que atirou em Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos. Na sessão da tarde de quarta-feira (25), os desembargadores negaram o recurso do Ministério Público Estadual (MPE), feito pelo procurador Paulo Prado, que pedia a internação preventiva da menor, enquanto ela responde seu processo na 2ª Vara de Infância e Juventude. 

No entanto, medidas cautelares foram estabelecidas. A menor não pode sair de casa no período noturno, nem aos finais de semana, e nem ingerir bebidas alcoólicas.

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Processo

Na segunda-feira (23), o promotor de Justiça Rogério Bravin protocolou as alegações finais, na 2ª Vara de Infância e Juventude, onde pede a internação de seis meses de internação para adolescente. 

A defesa de B.O.C. tem oito dias para se manifestar, para que a magistrada Cristiane Padim possa decidir e dar o veredito. O prazo começou a correr na terça-feira (24).  

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quando se trata de atos infracionais de crimes contra a vida, o adolescente pode pegar até três anos de internação. Inicialmente, ele é internado por seis meses, após esse período é feita uma nova avaliação. "A cada seis meses são feitas as verificações da conveniência da continuidade ou baixa da medida socioeducativa de internação", explicou o promotor de Justiça, Vinicíus Gahyva.

O caso 

Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi até a casa da amiga B., na tarde de 12 julho, fazer uma torta de limão com ela e a irmã gêmea. A adolescente passou o dia com as amigas, jantou no local, e por volta das 22h, quando se preparava para voltar para sua casa, no mesmo condomínio, o Alphaville I, levou um tiro no rosto, disparado pela amiga. 

As investigações da Polícia Civil concluíram que B. teve intenção ou pelo menos assumiu o risco de matar Isabele. O inquérito foi entregue ao Ministério Público, que denunciou os pais da menina que atirou, a atiradora, seu namorado (quem levou a arma que ela utilizou para disparar) e o seu sogro dona da arma. 

Os pais de B., Marcelo Cestari e Gaby Soares, estão respondendo por homicídio culposo. O adolescente G. responde por ato análogo à posse de arma. 

O pai de G., o empresário Glauco Mesquita, que respondia por omissão de cautela na guarda do armamento, fez um acordo com o MPE, pagou o valor de R$ 40 mil e o processo foi extinto. 

A adolescente B. chegou a passar uma noite no Complexo Pomeri, após decisão pe primeira instância, mas 12 horas depois foi solta por um habeas corpus concedido pelo desembargador Rui Ramos. 

 

Comente esta notícia

mayara 27/11/2020

E quem é que vai fiscalizar se a assassina está cumprindo com o que ficou determinado? Será que vai ficar em casa nos horários estabelecidos? Vamos ver....

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Cidadão 26/11/2020

As famílias das adolescentes internadas no socioeducativo deveriam entrar com ação pedindo o mesmo benefício para elas. Ai veriamos se a justica trata a Chica com os mesmos direitos que a Francisca.

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2 comentários