JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
A ata de uma reunião convocada pelo ex-comandante da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar, tenente-coronel Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, mostra que os policiais Willian Ferreira e Gabriel Castella já tinham uma rixa antiga. Na ocasião, Gabriel teria "avisado" que mataria Willian. O documento é do dia 13 de outubro de 2022.
Gabriel Castella matou Willian Ferreira no dia 21 de outubro deste ano, com pelo menos seis disparos, enquanto estavam dentro do quartel da PM, em São José do Rio Claro (295 km de Cuiabá). No outro dia, Gabriel tirou a própria vida diante dos colegas, também no Batalhão.
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O documento ao qual o RepórterMT teve acesso revelou que o tenente-coronel Cristyano convocou a reunião para resolver a desavença entre os dois. Durante a conversa, os dois militares disseram que os atritos eram por conta do comportamento de ambos.
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Gabriel teria dito que Willian queria “comandar o quartel” e não concordava com o tratamento que ele tinha com os subordinados. Antes disso, os dois já tinham se desentendido por conta da cautela na guarda de um fuzil.
“Gabriel adicionou que, de fato, criou uma mágoa em relação a Willian, e que, no dia da desavença do fuzil, teve vontade de matar Willian e, inclusive, teve vontade de se matar. Adicionou que ficou 50 dias digerindo a situação, necessitando de atendimento psiquiátrico e medicação, vez que ficou muito nervoso”, consta no documento.
Em seguida, Gabriel relatou que se arrependia do que tinha falado, pois estavam em surto nervoso, que resultou na necessidade de atendimento médico especializado. O tenente Cristyano reconheceu o estado mental do militar e recebeu o atestado médico do policial.
Ainda na reunião, Willian negou que tratasse mal os militares de patente inferior. “William disse que trata o subordinado com urbanidade, mas que é militar antigo e que se comporta em seu trato com os demais militares da maneira como aprendeu”, diz outro trecho.
Gabriel terminou, justificando que seu mau relacionamento com Willian se devia muito a comentários maldosos ou brincalhões que são feitos pela tropa.
A reunião foi encerrada, pois, segundo o documento, os dois deram por encerrados os assuntos e continuaram trabalhando juntos.
O comandante do quartel, tenente-coronel Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, o 1º tenente Mateus Leandro Ferreira Nunes, a vítima, 2º sargento Willian Ferreira e o acusado 3º sargento Gabriel Castella Cardoso assinaram a ata da reunião.
O caso
A informação é que o desentendimento entre os dois policiais começou após uma troca de turno. Willian Ferreira, supostamente, teria chegado ao batalhão embriagado e atrasado para assumir o plantão.
Revoltado com a situação, o sargento plantonista, Gabriel Castella, teria questionado o militar, dando início a uma discussão.
Durante o desentendimento, Gabriel acabou atirando no colega, que não resistiu. Então, Castella recebeu voz de prisão em flagrante.
Gabriel ficou detido no quartel. No outro dia, ele saiu, foi até o seu veículo, onde pegou sua arma, deu tchau aos policiais que estavam próximos e atirou nele próprio.
O comandante Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos foi exonerado do cargo pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
PM desmotivado 30/10/2023
\"e comum\" essas práticas dentro da caserna de perseguições do mais antigo para o mais moderno, muitos comandantes cagam para isso quando chega em seu conhecimento, não tomam atitudes que podem evitar essas tragédias. Essas perseguições acontecem mais com quem e estudante já vi de perto oficial sacanear colega de farda pelo o fato do cara querer estudar dobrando de serviço colocando - o em escalas inóspitas principalmente no mesmo horário. Quer ver maio sacanagem e quando um militar procura seu comando pedindo ajuda e falando que está passando por problemas psicológicos aí meu querido a lapada e pior o militar em questão vira motivo de chacota e murmurinhos na caserna. Isso só vai mudar quando acabarem com o tal do militarismo que na polícia só atrapalha, alguns oficiais usurpam desse pseudo poder para si promoverem. Mas muitos não querem o fim do militarismo pois perderiam o poderzinho que tem sobre, mas enquanto ainda tiver morrendo só praça tá tudo bem, mas, quando for um oficial aí vão tomar providências de dar então a tal da assistência. Lastimável a perda, enquanto cargos de cmdo geral for indicação e demais comando forem comandados por pessoas estúpidas essas tragédias vai acontecer.
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