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A empresa Tubarão Sports está entre os 16 alvos de busca e apreensão e outras medidas cautelares da Operação Japeusá, deflagrada nesta quinta-feira (10), pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), para desmantelar um suposto esquema de sonegação fiscal, associação criminosa e falsidade ideológica.
Após representação conjunta formulada pela Polícia Civil e pela 14ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, foram iniciadas as investigações a fim de apurar um aparente esquema de sonegação fiscal criado por meio de empresas de fachada, com o objetivo de ocultar os reais beneficiários, que envolve empresas de Mato Grosso e de Minas Gerais.
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Durante a apuração, foram encontrados indícios de atividades criminosas por meio das empresas constituídas por terceiros, além da falta de registro de passagens nas aquisições do principal fornecedor, não destaque de ICMS em documentos fiscais autorizados, cancelamentos de notas fiscais em números acima do razoável e apuração inoportuna do ICMS em declarações fiscais.
Foram identificados ainda um número excessivo de atividades econômicas desenvolvidas pela empresa com predominância de um único destinatário em operações e indícios de saída de mercadorias sem a emissão de documentos fiscais, tendo em vista a existência de maior saída de determinados produtos sem estoque correspondente, envolvendo diversas pessoas físicas e jurídicas.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Cuiabá, Barra do Bugres e Uberlândia (MG). A operação conta com o apoio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, Gerência de Combate ao Crime Organizado, Delegacia Especializada do Meio Ambiente, Delegacia de Barra do Bugres, Delegacia de Repressão a Entorpecentes e a Polícia Civil de Minas Gerais.
Operação Suserano
Em setembro deste ano, a empresa Tubarão Sports também foi alvo da Operação Suserano, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), acusada de fazer parte de um esquema de superfaturamento na compra de equipamentos agrícolas com recursos de emendas parlamentares na Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).
De acordo com a polícia, o dono da Tubarão, Alessandro do Nascimento, é sócio-oculto da empresa Tupã Comércio e Representações, que teria sido a fornecedora dos kits de ferramentas adquiridos com sobrepreço, por intermédio de termos de fomento realizados de forma completamente irregular e com consequente desvio de recursos públicos.
Japeusá
O nome da operação deflagrada nesta quinta-feira faz referência ao mito indígena do povo guarani, Japeusá, neto de Tupã e um dos primeiros humanos a ser criado. Japeusá mostrou ser um homem mentiroso e trapaceiro, enganando as pessoas para tirar proveito. Após morrer e ser ressuscitado, adquiriu a forma de um caranguejo, sendo amaldiçoado a andar para trás.
