APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Os agentes das forças de segurança empregados na segunda fase da Operação Raio Limpo, deflagrada nessa segunda-feira (14), na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, encontraram aparelhos celulares escondidos em uma cadeira de rodas, colchões e buracos. Ao todo, 71 aparelhos foram apreendidos, além de 130 chips e várias porções de drogas.
Um vídeo mostra o momento em que um policial usa uma faca para cortar o tecido que envolvia os aparelhos. Quem olhasse, imaginava que eram apoios para os pés, mas na verdade eram esconderijos de três celulares. A cadeira de rodas em questão pertencia a um preso condenado por roubo, tráfico de droga e outros crimes.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
LEIA MAIS - Forças de Segurança fazem "varredura" em celas da PCE
Em outros dois momentos, os agentes localizam aparelhos escondidos na espuma de colchões usados pelos presos para dormir. A engenhosidade impressiona.
Essa é a segunda operação para buscar por materiais ilícitos na PCE. A primeira foi deflagrada no dia 9 de outubro. A movimentação vem depois que foi revelado que uma candidata a vereadora e a sua irmã foram sequestradas, torturadas e assassinadas a mando de um dos líderes de uma facção criminosa que está preso na PCE.
Ele teria assistido a sessão de tortura e os assassinatos por chamada de vídeo que durou mais de três horas. Após o episódio, o secretário de Segurança Pública, César Roveri, anunciou que haverá mudança na empresa contratada para bloquear o sinal de telefone na unidade.
Nessa segunda-feira (14), o governador Mauro Mendes (União) disse que ele determinou que seja feita uma varredura na unidade para evitar que os detentos tenham acesso a celulares e drogas.
LEIA MAIS - Forças de segurança invadem a PCE e fazem varredura em celas de líderes de facção
“Os policiais penais têm de cumprir a lei. E a lei é muito clara, não pode entrar com celular, com drogas dentro dos presídios. A lei terá que ser cumprida, doa a quem doer”, disse Mauro.
Cerca de 120 agentes das forças seguranças do Estado atuaram na operação, sendo 60 policiais penais, 21 agentes da Polícia Judiciária Civil, 25 policiais militares e 11 peritos da Politec.
Veja as imagens: