MAJU SOUZA
ANDRÉIA FONTES
A Polícia Civil conclui inquérito sobre a morte de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, mas não chegou à motivação. “Só estavam as duas lá (dentro do banheiro)”, enfatizou o delegado Wagner Bassi, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA). “A única pessoa que pode falar é ela (a adolescente que disparou). Por meios técnicos, a gente consegue estabelecer como foi a dinâmica dos fatos. Informar algo que está dentro da mente dela não podemos”.
O delegado enfatizou que pelas imagens das câmeras de segurança do condomínio Alphaville e da residência da família Cestari é possível afirmar que B. ficou 1 minuto e 18 segundos com Isabele dentro do banheiro, onde a adolescente foi morta.
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O namorado de B. deixou a casa dos Cestari pouco antes das 22h. B. entra na residência, pega a case às 21h59, e vai direito para onde estava Isabele. Um minuto e 18 segundos depois a porta do quarto é aberta e aciona as câmeras de segurança (acionadas por movimento). O delegado destaca que neste momento já é possível ouvir a gritaria de “socorre”, “estou socorrendo”. “Crime aconteceu neste intervalo. Não é possível precisar o momento exato, porque só estavam as duas lá”.
O acidente com as armas, versão apresentada pela adolescente à Polícia Civil, foi totalmente descartada. Os laudos apontaram que a case e a outra arma não estavam no banheiro, pois não tinham manchas de sangue. Além disso, a arma foi disparada a uma distância de 20 a no máximo 30 centímetros do rosto de Isabele, em linha reta, com a pessoa posicionada à sua frente.
Os laudos periciais confirmaram que não havia possibilidade da arma disparar sozinha. A adolescente teve que fazer o carregamento e dar o golpe do ferrolho.